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Maarten Janssen, 2014-

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1820. Carta atribuída a António Maria Vidal, acusado de ser salteador, para Ana Joaquina, lavradora.

Autor(es)

António Maria Vidal      

Destinatario(s)

Ana Joaquina                        

Resumen

O autor, sob nome falso, ameaça Ana Joaquina pedindo-lhe dinheiro.

Texto: -


[1]
Illma Snra D Anna Joaquinna
[2]
trecero pe-ditorio q se pede ao espozo da Snra sobre o filho do Coronel da Cava ja defunto
[3]
Pede o Padrinho ao Snr Dezembargador Dor Joze Cardozo Comiçario em chefe do Exer-cito e Jumtamte aos Seus dois companheros q se emtreção pello mmo q he Joaqm Caitano dos Stos Quintellas e outro he Fernando Antonio da Silvera Brandão por ver a imnocen-cia dos trabalhos achandoce Juntamte
[4]
aballando elle em dia nove do mes qdo lhe emputão o del-lito desta Côrte com a qta de Outenta Muedas e hum Billete de trinta mil reis pois dizem-me q fora prezo pur sua ellustria e como se lhe tem pedido o perdão porq o não preciza mas querião Junto ao Comcelho pa ser Solto
[5]
pois q mto milhor lhe era ter feito o q se lhe tem pedido sendo aSignado pello Juis de Fora dessa Va ou por outro qualquer q seje
[6]
e estes tres Snrs estão pronptos obdecerem á Snra e pello Seo Coração mais piodozo
[7]
ainda q elle teve a perda q teve nada he com a Snra
[8]
qm a de pagar a perda a de ser esse Jacobino do orive q armou pella denuncia q quizerão dar delle atrazadamte por cortar a Sarrilha á Mo-éda do Real
[9]
Snr este perdão seje dado com tempo q não chegue a voto de cer cumpri em comcelho por qm fica mal he a Snra podendo ficar bem
[10]
e tãobem sendo precizo algum empenho pa qualquer couza q seje
[11]
não tem mais q pro-guntar em q bairo mora
[12]
a qm se lhe oferece e qm lhe tem escripto não he da mma Caza pois agora he q lhe mandi escrever
[13]
como me dizião q não era precizo eu escrever porq ja lhe tinha escripto e a decizão q avia estar nos atos agora escrevo ao chefe e me rrespondeo q não pode ser solto sem paçar pellas armas de hum comcelho de Guerra publicandoce o perdão q esta pa se publicar
[14]
tem q lhe dar todos os dias o q sua Magestade Mandar e a qta q eu lhe pedir de cada hum dia q o Suplicante tem estado prezo não tendo dado o perdão
[15]
e tendo dado ja não tem nimguem q dizer nem lei q u oubrigue e qdo mais sedo Milhor.
[16]
Lisboa 15 de Janro deste Seo Vor Joaqm Caitano dos Stos

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