PT | EN | ES

Menu principal


Powered by <TEI:TOK>
Maarten Janssen, 2014-

Visualização das frases

1823. Carta de Luís de Sousa Vahia Rebelo de Morais, visconde de São João da Pesqueira, para Manuel Gerardo Ferreira de Passos, tenente-coronel na reforma.

ResumoO autor mostra-se conternado pelo facto de o destinatário estar preso. Promete ajudá-lo.
Autor(es) Luís de Sousa Vahia Rebelo de Morais
Destinatário(s) Manuel Gerardo Ferreira de Passos            
De Portugal, Lisboa
Para Portugal, Elvas
Contexto

Encontra-se neste processo uma determinação régia, publicada nas «Notícias de Lisboa vindas pelo correio de hoje», de 29 de junho de 1824, nº 18. Determinou o rei que todos aqueles que blasfemassem contra a Família Real, mas que já tivessem estado presos durante um mês, deveriam ser libertados, de acordo com o Decreto de 5 de junho do mesmo ano. Manuel Firmino da Trindade, Joaquim Jerónimo Martins Couceiro, José Silveiro do Vale e Pinho Ferrão, Manuel Gerardo Ferreira de Passos, entre os onze indivíduos constituídos réus, foram presos na Cadeia do Castelo e Limoeiro por treze meses e condenados a mais seis meses de prisão, pelo crime de Maçonaria e por terem blasfemado contra El-Rei. Com a determinação régia de 5 de junho de 1824, foi concedido o Livramento a todos os réus.

Arquivo Arquivo Nacional da Torre do Tombo
Repository Casa da Suplicação
Fundo Feitos Findos, Processos-Crime
Cota arquivística Letra M, Maço 6, Número 32, Caixa 14, Caderno [1]
Fólios 127r-v
Transcrição Leonor Tavares
Revisão principal Rita Marquilhas
Contextualização Leonor Tavares
Modernização Sandra Antunes
Anotação POS Clara Pinto, Catarina Carvalheiro
Data da transcrição2007

Texto: -


[1]
Illmo Snr
[2]
Meo Ao coanto sinto seos encomodos,
[3]
eu tinha visto na gazeta e ordens do Exer-cito sua reforma mas não sabia de sua prizão;
[4]
poso sigurarlhe que sem saber desta, pela simples reforma eu prizomi que tera havido alguma Couza Contra VSa e chigei a falar a hum Amigo, do seo bom carácter e comfianca que deve merecer a todos os Guvernos
[5]
pelo menos asim estou persuadido
[6]
e não poso qrer que sua Magestade tenha podido encon-trar em VSa outro Homem que não seja o bom e pasifico sudito imcapás de toda e qualquer tentati-va Contra o guverno de sua Mages-tade, ou que lhe posa ser dezafeto na mais peqena pte
[7]
eu estava e estou tão convensido disto que não duvidaria publicálo,
[8]
e qreio meo Ao me não en-ganaria,
[9]
comtudo vejo pelo que VSa me dis que está em prizão e tem sofrido.
[10]
Eu pa pouco posao serlhe util
[11]
e mesmo estou a partir por estes Das pa a Provincia do Mi-nho
[12]
mas antes cuidaorei em falár algem que posa saber do motivo de sua prizão e verei se poso darlhe a rezolucao de sua pertensão a sua sultura e liberdade pa ir pa a sua Caza,
[13]
pelo menos meo Ao asim o dezejo, e me ofreco pa o que posa serlhe util.
[14]
Conte asim com ma vontade
[15]
pois que sou o seo Ao Camarada antigo e criado venerador
[16]
o visconde de S João da Pesqeira

Edit as listRepresentação em textoWordcloudRepresentação em facsímileManuscript line viewPageflow view