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Maarten Janssen, 2014-

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[1827]. Carta de Maria José Benedita Franca de Barros para Gertrudes Caetana Fialho.

ResumoCarta a dar notícias acerca do que se passa na aldeia em relação às rés do processo judicial em curso.
Autor(es) Maria José Benedita Franca de Barros
Destinatário(s) Gertrudes Caetana da Cunha Fialho            
De S.l.
Para S.l.
Contexto

As rés deste processo eram Maria Isabel Barreto de Pina e Gertrudes Magna, acusadas de roubo na casa do Conselheiro José da Cunha Fialho, falecido. Quem apresentou queixa foi Gertrudes Caetana Fialho, irmã do falecido e mulher de João Paulo Fabre. Por não haver prova, as rés foram absolvidas, mas a queixosa interpôs embargo, e, em seguida, apresentaram as rés embargo à autora. A defesa alegou que as cartas usadas como prova incriminatória de nada valiam porque muitas nem sequer tinham selo. Algumas teriam sido "encomendadas" a conhecidos da queixosa e outras teriam sido forjadas pela própria Gertrudes Fialho. O processo contém uma procuração impressa e um abaixo-assinado dos moradores de Torres Vedras em defesa das rés.

Arquivo Arquivo Nacional da Torre do Tombo
Repository Casa da Suplicação
Fundo Feitos Findos, Processos-Crime
Cota arquivística Letra M, Maço 19, Número 4, Caixa 39, Caderno 1
Fólios 381r-382r
Transcrição Ana Guilherme
Revisão principal Rita Marquilhas
Contextualização Ana Guilherme
Modernização Catarina Carvalheiro
Anotação POS Clara Pinto, Catarina Carvalheiro
Data da transcrição2007

Texto: -


[1]
Illma Snra Da Gertrude Caitana Fialho
[2]
Minha estimadicima amiga e Snra
[3]
dezejo quanto posiVel fazer os deVeres de boa amiga e por iso quando V sa CuidaVa que eu e a minha familia nos esquesimos foi quando Vio o portador dandolhe a saber o mais intresante pois ditinhos nunca nutriu o Coração de huma alma nobre tal Comcedero a V sa mas sim o que nos emtersa
[4]
eu não esCreVi por estarmos a espera da esColta mas quando sube que o Cornel ó a Molher sobrilhanha do Marido de Maria Izabel logo asim o esprei e deserto em ele não querendo não esColta sem Ordem do Jeneral mas tem as dado pa Couzas partiColares sem esta Ordem
[5]
e agora não quis
[6]
e Como os de lisboa ganhão tãobem a pinto por dia Vem a ser o mesmo
[7]
logo milhor do que pedir lisensas que traga a sege
[8]
emdespensaVel pois se fourem de Caro gastão tres dias e sai mais Caro
[9]
e Como estão ja sangradas e ja tem sertidois dos medicos não Vãon de CaValo
[10]
e finalmente o que querem sair daqui Com o alVara
[11]
a minha obrigasão aVizala
[12]
agora fasa o que quizer,
[13]
lhe peso não julge em nos pergisa pa todo que for obzequialas pois o meu homem não trabalha senão nos seus papeis porq não pasa bem
[14]
e mesmo asim sempre está pronto, e o juis tem temsão de rremeter pelo Cureio os papeis q Vierão da imtemdençia
[15]
agora eu estou em sitio pois sertas tolinhas nen a Cabesa me abaxão mas Como não furto ViVo sempre em suçego
[16]
ademiro tanta gente hir Vezitalas e agora todos lhe querem Valer
[17]
bem pode V sa andar leVe q se elas sai.. não torna a Velas prezas
[18]
a Vila está toda em peso a faVor delas..
[19]
nos fora....
[20]
e por iso espero que V sa não mostre as minhas Cartas pa me LiVra de emtrigas,
[21]
o que dizem as testemuinhas Como os papeis Vão axo não ser persizo mas o Joze e durão dizem que Verdade o dinheiro estar em Caza e taobem tinha a Caxa de ouro e o relojo e o estoujo do
[22]
e o franCa tãobem o dis
[23]
menos do dinheiro q todos dizem não sabem
[24]
mas como ainda faltão algumas talVes digão alguma Couza mais intrasante
[25]
mto dezejo q V Sa fique bem e dezejo sem lizonja
[26]
Como amiga sinçera e Verdadeira e obrigada Maria Joze
[27]
dezejo mto saber em q sou Culpada pa o meu Corasão me ser falso pa me emmendar pois poderei delinquir não Sabendo se a todos desta sua Caza se reComendão Com Vivas lembransas
[28]
a V sas Remeto eSa Carta q Veio da bandalhoeira

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