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Maarten Janssen, 2014-
Resumo | O autor pede ao primo que lhe faça o favor de encontrar um moço que julga ser bígamo e estar na vila onde mora o destinatário. |
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Autor(es) | Manuel Ribeiro |
Destinatário(s) | Manuel de Oliveira |
De | Portugal, Coimbra, Souselas |
Para | Portugal, Évora, Estremoz |
Contexto | Este processo diz respeito a Tomás Ribeiro, ou José da Cunha, como veio a chamar-se mais tarde, almocreve, cristão-velho, natural do lugar de Souselas, freguesia de São Tiago, da cidade de Coimbra, e morador em Portalegre. Filho de Manuel Soares e de Maria Soares, o réu foi acusado de bigamia por se ter casado uma segunda vez com Brites Pereira, estando ainda viva a primeira mulher, Giralda Simões, de quem tivera dois filhos gémeos que morreram. O réu terá saído da sua terra por causa de umas dívidas que tinha contraído, ficando Giralda Simões a morar com a sogra. Chegando ao Alentejo, casou-se novamente, em Estremoz (Évora), para o que mudou o seu nome para José da Cunha e o de sua mãe para Maria Ribeira. Consta do processo que Tomás Ribeiro tinha cerca de 19 ou 20 anos, estatura mediana, olhos grandes e esbugalhados, cabelo curto, anelado e preto. O autor da carta, Manuel Ribeiro, natural e morador de Souselas, que vivia de sua fazenda, disse em interrogatório que teve a confirmação da bigamia do réu através da resposta a uma carta que escreveu a Manuel de Oliveira, natural de Souselas, seu primo e capitão, ajudante pago dos auxiliares da guarnição na vila de Estremoz, de 60 anos. Segundo o mesmo, uns almocreves teriam dito ao sargento-mor da freguesia de Barcouço que o dito réu estava para se casar, e então Manuel Ribeiro escreveu ao primo para saber se isso era verdade e para que este impedisse o casamento, caso ainda não se tivesse consumado. Contudo, quando a carta chegou o réu já estava casado. Em auto-da-fé de 25/04/1717, o réu foi condenado a abjuração de leve como suspeito na fé, açoitamentos pelas ruas públicas, degredo por tempo de cinco anos para as galés de sua majestade servindo ao remo sem soldo, cárcere a arbítrio dos inquisidores, instrução nos mistérios da fé e penas e penitências espirituais e pagamento de custas. |
Suporte | meia folha de papel não dobrada, escrita apenas no rosto. |
Arquivo | Arquivo Nacional da Torre do Tombo |
Repository | Tribunal do Santo Ofício |
Fundo | Inquisição de Évora |
Cota arquivística | Processo 1091 |
Fólios | 41r-[42a]v |
Online Facsimile | http://digitarq.arquivos.pt/details?id=2363091 |
Transcrição | Leonor Tavares |
Revisão principal | Catarina Carvalheiro |
Contextualização | Leonor Tavares |
Modernização | Catarina Carvalheiro |
Data da transcrição | 2014 |
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