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Maarten Janssen, 2014-

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1778. Carta de Manuel de Sousa Leão, mercador em Pernambuco, para José Gonçalves Correia, mercador em Lisboa.

ResumoO autor transmite instruções para a revenda de mercadoria.
Autor(es) Manuel de Sousa Leão
Destinatário(s) José Gonçalves Correia            
De Brasil, Pernambuco
Para Portugal, Lisboa
Contexto

Conjunto de cinco cartas enviadas do Brasil para José Gonçalves Correia, réu num processo de travessia de géneros. Segundo este processo, o réu foi acusado de comprar, a bordo de navios vindos do Brasil, açúcar, goma, farinha de pão e aguardente sem ter licença para isso nem para posteriormente os negociar. José Gonçalves Correia tinha sim, passada pela Câmara de Lisboa, uma licença para tratar em melaços. Justificou-se o réu que não ia a bordo dos navios comprar géneros defesos, pois os guardas da Casa da Índia e da Alfândega não o deixavam. Consentiu que revendia alguns produtos em lojas de mercearia e a confeiteiros apenas porque amigos seus, residentes no Brasil, lhe pediam o favor de o fazer, e não com o intuito de lucrar. Diversos recibos e notas de entrega a oficiais de navios e as referidas cartas serviram para comprovar as suas palavras. O acórdão proferido sobre este caso judicial mostra que não foi conclusiva a prática do crime de travessia de géneros, não ficando provado que o réu realmente comprava para revender.

Suporte meia folha de papel escrita no rosto.
Arquivo Arquivo Municipal de Lisboa
Repository Miscelânea
Fundo Autos Crime
Cota arquivística Caixa 28, "Processo José Gonçalves Correia"
Fólios 54r
Online Facsimile não digitalizado
Transcrição Tiago Machado de Castro
Revisão principal Rita Marquilhas
Contextualização Tiago Machado de Castro
Modernização Raïssa Gillier
Anotação POS Raïssa Gillier
Data da transcrição2017

Texto: -


[1]
Snr Joze Gonsalves Pernco 27 de Maio de 1778
[2]
Pelo conhecimento junto vera Vmce ter carregado em o Navio por invocação N S da vida, S Antonio coatro cxas de asucar a consignação da Junta da companhia Geral de Pernambuco e Paraiba pa me fazerem o favor mandalas vender pelo milhor preço que a terra permitir,
[3]
e ordeno a mesma Junta que a coalquer lanço que nellas ouverem perfirira Vmce e do seu liquido rendimento
[4]
ordeno taobem emtreguem a Vmce goardando em sua mao the segunda ordem minha,
[5]
e coando Vmce veja que as das cxas não estejao bem arematadas tomara a sy e vendera a pesoa que Vmce veja as posa pagar
[6]
e de todos favor coanto Vmce obrar a meu favor o dou pr bem feito e pa servir a Vm fico mto a sua ordem a qm Ds Ge Ms Anns
[7]
De Vm Mto Serto venor Manoel de Souza Leão

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