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Maarten Janssen, 2014-

Visualização das frases

[1500-1599]. Carta de anónima, afilhada do destinatário, para, presumivelmente António de Castilho.

ResumoA autora dirige-se ao destinatário,seu padrinho, dando-lhe notícias suas e queixando-se da falta de cartas dele.
Autor(es) Anónima64
Destinatário(s) António de Castilho            
De S.l.
Para [Lisboa], Colégio de São Paulo
Contexto

Carta retirada da coleção Fragmentos, à guarda do Arquivo Nacional da Torre do Tombo. Inicialmente esta coleção foi formada maioritariamente por documentação administrativa e judicial do século XVI, que por estar truncada ou muito danificada, não foi incluída no Corpo Cronológico ou no Núcleo Antigo.

Suporte uma folha de papel dobrada escrita em todas as faces.
Arquivo Arquivo Nacional da Torre do Tombo
Repository Fragmentos
Fundo Caixa 2
Cota arquivística Maço 2, nº 41
Fólios [1]r-[2]v
Online Facsimile http://digitarq.arquivos.pt/details?id=4607419
Transcrição Tiago Machado de Castro
Contextualização Tiago Machado de Castro
Modernização Raĩssa Gillier
Anotação POS Raĩssa Gillier
Data da transcrição2017

Texto: -


[1]
Snor
[2]
não poso tomar cõselho que me não segure de cada ves menos e por vos não tolher a fala a cada paso quero ãtes viver asi mal acõmselhada por se não perder cuidado que tãto por sua võtade vos deseja servir
[3]
mas não credes que he voso e este agravo q do mais não são ta desarepada q não cuide q foi a mor merce que me podies fazer
[4]
deixemos agravos que os não sei ter vosos nẽ ai ma cõdição a que posais por cerco
[5]
mas nada a isto basta pera deixardes de me por culpas de que ja estareis vĩgado porq pera não ha mor cerco q faltarme novas vosas a outo dias que sem duvida me parece outo mil anos
[6]
a valedora que qreis tomar me parece escusada porq esta claro não fazer nada sen e ela sabe bem esta cutesa pois não querera sirvirvos nesta parte
[7]
padrinho mãdaime mtas novas vosas que por esta q ãdo pera morer porq as não sei todo este tẽpo
[8]
amigos como dãtes e mais se puder ser porque se não se sofre ma vida em dias tamanhos e as noutes em que cuido ter al remedio de vos e desemquietame mto mais
[9]
e isto não por medo q lhe tenha mas porque me tirão d avẽturas q folgara chegar o cabo
[10]
não me mais declarar porque diz frei afõso que vos achei e se lho disese nũca acabaria padrinho
[11]
que remedio me dais pera vos não querer tãmanho ben que parece sem sabona porque he ir allẽ do q Ds mãda e nisto tenho grãde escrupulo
[12]
que me acõselheis o que nisto poso fazer ou me segureis quã bem ho emprego
[13]
padrinho mãdaime dizer que quereis que faça de duas cartas vosas que tenho que por desastre vierão ter as minhas mãos
[14]
sois omẽ de mto bom recado pois afirmovos que não erã pera se por em tãto risco mas forão ditosas em vir cousa sua porque são de mto segredo ainda que vos não me tendes nesa cõta-
[15]
beijo as mãos
[16]
vosa afilhada

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