Eventos | Em 1546, António Fernandes, cavaleiro do Infante, piloto e feitor, estando no rio de São Domingos (Cacheu, Guiné), no porto de “Bugendo”, e fingindo ter poderes do santo ofício para isso, prendeu Manuel Garcia, anterior feitor dos tratadores, cristão-novo, apreendendo-lhe toda a sua fazenda. Manuel Garcia denunciou António Fernandes e Diogo Lopes foi uma das testemunhas de acusação. António Fernandes apresentou uma carta escrita por Diogo Lopes (assim como outras cartas escritas por outras testemunhas) e dirigida a Bartolomeu Garcia, sobrinho de Manuel Garcia, para demonstrar que existiam laços de amizade entre o denunciador e esta testemunha e que eles eram seus inimigos. É possivelmente o mesmo Diogo Lopes que em 1542 é referido como "escrivão da feitoria da Ilha de Santiago" ou como "criado de Afonso de Torres contratador" Iva Cabral (2013) A Primeira elite colonial atlântica. Dos «homens honrados brancos» de Santiago à “nobreza da terra”. (Finais do séc. XV – início do séc. XVII). Universidade de Cabo Verde. Apêndice II, p. CXCIII |
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