CARDS0022 1823. Carta assinada sob o pseudónimo de António Chuço e enviada a Roberto Lucas, negociante inglês.
Resumo O autor ameaça de morte o destinatário, caso este não entregue 25 moedas para livrar um preso da Cadeia do Limoeiro.
Autor(es)
Anónimo17
Destinatário(s)
Roberto Lucas
De
Portugal, Lisboa
Para
S.l.
Contexto A forma de extorsão que esta carta documenta (e outras mais de igual teor) representa uma prática que se tornou característica da cadeia do Limoeiro no primeiro quartel de Oitocentos e cuja amplitude em muito beneficiou da instabilidade política e social associada aos primeiros anos do Liberalismo e da ambiência generalizada de vulnerabilidade e suspeição.
Suporte
meia folha de papel dobrada escrita nas duas primeiras faces e com sobrescrito na última.
Arquivo
Arquivo Nacional da Torre do Tombo
Repository
Casa da Suplicação
Fundo
Feitos Findos, Processos-Crime
Cota arquivística
Letra M, Maço 1, Número 6, Caixa 2, Caderno [2]
Fólios
[6]r-[7]v
Transcrição
Cristina Albino
Revisão principal
Cristina Albino
Contextualização
Cristina Albino
Modernização
Clara Pinto
Anotação POS
Clara Pinto, Catarina Carvalheiro
Data da transcrição 2007
Opções de representação
Texto : Transcrição Edição Variante Modernização - Mostrar : Cores Formatação <pb> <lb> Imagens - Etiquetas : Classe de palavra POS detalhado Lemma
O script do Java parece estar desligado, ou então houve um erro de comunicação. Ligue o script do Java para mais opções de representação.
Illmo Snr Roberto
Lucas negociante in
glez etc etc etc
morado ao Sacramento
a Lapa aonde morou o Ma
rchal Pampellona
Lisboa
rua do Sacra
mento a Lapa
VSa me fara o por bem o por mal o favor de
mandar entregar ao Limoeiro a emxovia
o prezo Andrade a quantia de 25 mo
edas na forma que he
para o livramto
deste prezo que he meu camarada e
da
minha quadrilha eu sou Antonio Chu
co Capitão de quadrilhas e
companheiro do
Taborda logo que VSa esta receba mandara
entregar o prezo na sua mão ,
sesta feira
9 , e quando me falte sera
morto olhe em que se mete o disto dicer
seja quem for juro lhe que
mo paga
visto que sei que quace todos as soma
nas vai os seus armazeis
veja que he
feito em pedacos e largo fogo os seus
armazeis e quantas
pipas de vinho
lá estiverem e todas são aRonbadas
veja que lhe fazemos
grande estrago
VSa não empara as minhas mãos e dos
meos Camaradas
que tamben lhe poco
dar asaltado no quintal e esta en
boa s empara
esso veja en que se
se mete eu parto para as
Galveias para a
feira e de la vou a Cuba e na volta vou a
Lisboa e 12
Camaradas para passarmos a
Torres vedras otao mandarei pagar
a
VSa o que mandar o prezo esto que peco
veja que eu
ja tenho encontrado a VSa
e nunca lhe quis fazer mal
visto que
aguardei para huma aflecão he chega
da devemos valer huns os outros
asem
as mande carta feira e note q
as
6 horas da tarde entregar esta a qta o prezo
e quem for que leve sentar em 1 dos fra
des de pedra que estão pegados com as
escadas
do Limoeiro o pe de 1ma rozinha
da parte da roza da guarda logo que
o prezo o veja sentado a d o bradar 2 ve
zes o Joze o Joze a este brado hira
então entregar o prezo o que levar antes de
elle bradar não va que he a ordem
que lhe
mando veja e rague isto sem falta
Janeiro 4
1823
seu criado
o Capitão
das quadrilhas Antonio Chuco
Legenda:
Expanded • Unclear • Deleted • Added • Supplied
Guardar XML • Download text
• Representação em texto • Wordcloud • Representação em facsímile • Manuscript line view • Pageflow view • Visualização das frases • Syntactic annotation