Representação em facsímile
1576. Cópia de carta de Manuel Leitão, ex-guarda do Santo Ofício, para Álvaro Mendes.
Autor(es)
Manuel Leitão
Destinatário(s)
Álvaro Mendes
Resumo
O autor congratula-se, a partir do cárcere, com uma carta que lhe chegou do destinatário; comenta depois factos que conhece sobre algumas pessoas amigas.
he descansar e tambem porq a sua
letra
nam a conhecia quãto ao martinho não sabia
nada de min
porq sempre me gardei disso
eu o farei
a saber logo a dous dedos a elle lhe
veo oje aqui hum recado de sua casa
pello
alcaide dezendo que hera aqui hum moco
ha d ir a mesa pera ver se o querem deixar
fallar com elle saiba la
quem he la q
vem o sinal
q lhe mando he q
quãdo me
mandou chamar a sera me vieram esperar
elle he o amiguo antes de
cheguar a ponte
ja noite e ceamos en casa do sirgeiro to
dos tres carne de
porco assada q eu mãdei
por
pa e ao outro dia nos
partimos de madruga
da e fomos dormir onde estavam as palhas
e ao outro dia
antes q me apartase me fez
escrever hũa carta
pa o brandão
q
Ds
livre que falava no mullato he lhe
emcomẽ
dei dese vinte cruzados ao homen e mãde
me dizer se sabe disso algũa
cousa haqui
dentro vai hũa carta q ja tinha feita
das
cousas q sam pasadas veja se he
ncessario
sobre isso fazer algũa cousa he de tudo
me mande e mamdeme dizer
se ha ja
inqor em Coimbra he notairo
he quem são
do coadros me avise como aqui for e mãde
me dizer se despois de
minha prissão faleceo
algũa pa amigua das
nossas conhecidas e
se os lhes tiraram
e a todas la
cada hũa dellas em particular mande
minhas
emcomẽdas porq
sei
q folgarão
com isso e
principalmte a lianor de
beca
filha do baeca
porq lhe devo mto he a
todos
e ao sarnoso de jorge dias e como esta he