Representação em facsímile
1821. Carta de António José Cabral de Melo e Pinto, desembargador e corregedor, para Maria dos Prazeres Soares de Abreu e Melo, sua mulher.
Autor(es)
António José Cabral de Melo e Pinto
Destinatário(s)
Maria dos Prazeres Soares de Abreu e Melo
Resumo
O autor acusa a mulher de perversidade, de o enganar e de nem sequer ter amor pelos filhos.
interno, e externo da Caza q se precizar.
Penso
q me tenho explicado e q menos seria
no pa conheçeres o meu modo de pensar, e ahin
da
q podia augmentar a escripta nam pode
ria dizer mais.
Estimo q se
te fosem já as Sezoens: as mas fo
ram mais renitentes, e talvez nasceçe
de
nam serem verdadermte Sezoens, e qdo o mal
nam se conheçe
bem há dificulde em ap
licar os remedios e mto maior em os indi
callos
com acçerto; porem qdo o mal he conhe
cido perfeitamte (o q
nam me aconteçeo) os Me
dicos brilhão. O Pai vai mor e toda a
mais
fama ahinda q piqna. Nam me recor
do se respondi
emqto ao Prazo de Parada
e por isso ahi vai esse escrito pa o mano
Je
pois agora revendo papeis atrazados fui
encontra-llo dentro de hũa Carta tua.
Teu do C
A.