Resumo | José do Espírito Santo escreve a um amigo responsabilizando-o pela sua prisão. |
Autor(es) |
José do Espírito Santo
|
Destinatário(s) |
Joaquim das Neves
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De |
Portugal, Évora |
Para |
S.l. |
Contexto | Neste processo, os réus Cristóvão de Almeida, José do Espírito Santo, José de Sousa Calisto e António José, presos na cadeia de Évora, foram acusados de serem "ladrões por Fama Pública" e de andarem sempre armados. Na capa do processo ficou registado que os presos foram soltos em abril de 1821. José do Espírito Santo, de alcunha «o França», era natural de Cuba e tinha 52 anos. Esta documentação confirma o tradicional comércio de gado cavalar entre o Algarve e o Alentejo (legítimo ou ilegítimo), essencial nas tarefas do campo como nas gradagens, na debulha e na lavoura. Pelo seu relevo destacam-se as mulas e os burros. Já os cavalos, muito menos comuns, e de fraca qualidade, faziam normalmente um percurso característico: eram criados no Alentejo e vendidos no Algarve. |
Suporte
| meia folha de papel dobrada escrita nas duas primeiras faces. |
Arquivo
| Arquivo Nacional da Torre do Tombo |
Repository
| Casa da Suplicação |
Fundo
| Feitos Findos, Processos-Crime |
Cota arquivística
| Letra C, Maço 7, Número 5, Caixa 16, Caderno [3] |
Fólios
| 81r |
Transcrição
| José Pedro Ferreira |
Revisão principal
| Cristina Albino |
Contextualização
| José Pedro Ferreira |
Modernização
| Catarina Carvalheiro |
Anotação POS
| Clara Pinto, Catarina Carvalheiro |
Data da transcrição | 2007 |
Snr Joaqm das neves
o noso Amigo Alberto não lhe faz conta
descubrir nigem
pois veio hum rapas
de beJa so A fim de saber
de minha pri
zão pois eles ambos, tem andado de
suedade pois dizijara ser teu Ami
go porq toda
a vida ouvi dizer q he
hum Amigo Ainda
q seja no inferno
mas tu he q foste
o q concoreste para
eu ser prezo Agora quero
q me man
des dizer o modo como he de ser
solto pois
se eu tivera dinheiro Ja Aqui n
não
estaria porque o dinheiro Acaba tu
do pois quem trabalhos
dizeja os seus se
lhe chegão com q Asim da lhe o rimedio
com tempo e dipois não te queixes porq
quem
Anda chuva fica mulhado se eu
tivera aqui sultura eu perguntara
o
q te A ti falta porq so Asim te
desculparas
pois o favor q me
podes fazer he q de mim
não queres nada Ainda
q daqui va
para outra cadeia senão mandame
A
resposta e com isto não emfado mais
Aseita saudades
deste
teu Amo
Joze do espirito santo