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Maarten Janssen, 2014-

Representação em facsímile

1820. Carta de José do Espírito Santo, almocreve, para Joaquim das Neves.

ResumoJosé do Espírito Santo escreve a um amigo responsabilizando-o pela sua prisão.
Autor(es) José do Espírito Santo
Destinatário(s) Joaquim das Neves            
De Portugal, Évora
Para S.l.
Contexto

Neste processo, os réus Cristóvão de Almeida, José do Espírito Santo, José de Sousa Calisto e António José, presos na cadeia de Évora, foram acusados de serem "ladrões por Fama Pública" e de andarem sempre armados. Na capa do processo ficou registado que os presos foram soltos em abril de 1821. José do Espírito Santo, de alcunha «o França», era natural de Cuba e tinha 52 anos.Esta documentação confirma o tradicional comércio de gado cavalar entre o Algarve e o Alentejo (legítimo ou ilegítimo), essencial nas tarefas do campo como nas gradagens, na debulha e na lavoura. Pelo seu relevo destacam-se as mulas e os burros. Já os cavalos, muito menos comuns, e de fraca qualidade, faziam normalmente um percurso característico: eram criados no Alentejo e vendidos no Algarve.

Suporte meia folha de papel dobrada escrita nas duas primeiras faces.
Arquivo Arquivo Nacional da Torre do Tombo
Repository Casa da Suplicação
Fundo Feitos Findos, Processos-Crime
Cota arquivística Letra C, Maço 7, Número 5, Caixa 16, Caderno [3]
Fólios 81r
Transcrição José Pedro Ferreira
Revisão principal Cristina Albino
Contextualização José Pedro Ferreira
Modernização Catarina Carvalheiro
Anotação POS Clara Pinto, Catarina Carvalheiro
Data da transcrição2007

Page 81r

Snr Joaqm das neves

o noso Amigo Alberto não lhe faz conta descubrir nigem pois veio hum rapas de beJa so A fim de saber de minha prizão pois eles ambos, tem andado de suedade pois dizijara ser teu Amigo porq toda a vida ouvi dizer q he hum Amigo Ainda q seja no inferno mas tu he q foste o q concoreste para eu ser prezo Agora quero q me mandes dizer o modo como he de ser solto pois se eu tivera dinheiro Ja Aqui n não estaria porque o dinheiro Acaba tudo pois quem trabalhos dizeja os seus se lhe chegão com q Asim da lhe o rimedio com tempo e dipois não te queixes porq quem Anda chuva fica mulhado se eu tivera aqui sultura eu perguntara o q te A ti falta porq so Asim te desculparas pois o favor q me podes fazer he q de mim não queres nada Ainda q daqui va para outra cadeia senão mandame A resposta e com isto não emfado mais Aseita saudades

deste teu Amo Joze do espirito santo


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