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Maarten Janssen, 2014-

Representação em facsímile

[1815]. Carta de Joaquim Simplício Ferreira Rocha, soldado da Marinha, para Luís Manuel Xavier Morato.

ResumoJoaquim Simplício injuria e ameaça o destinatário da carta por este se ter recusado a auxiliar o seu irmão.
Autor(es) Joaquim Simplício Ferreira Rocha
Destinatário(s) Luís Manuel Xavier Morato            
De Portugal, Lisboa
Para S.l.
Contexto

Joaquim Simplício Ferreira Rocha, soldado da Marinha, e o irmão, Estêvão Ferreira Rocha, desembargador do Regimento de Infantaria da Polícia, foram acusados de ameaçar Luís Manuel Xavier Morato, emérito sexagenário residente na Lapa. A família Ferreira Rocha era amiga de longa data da de Luís Manuel Xavier Morato, autor do processo. Este, ao saber que Estêvão Ferreira Rocha era desertor, recusou-se a ajudá-lo, não lhe dando asilo nem intercedendo junto da família. Joaquim Simplício escreveu a Luís Manuel Xavier Morato injuriando-o e ameaçando-o. O sexagenário pediu então ao juiz que prendesse os dois irmãos enquanto se averiguavam as suas razões por recear que atentassem contra a sua segurança. A carta consta do processo como testemunho do perigo que o autor dizia correr.

Suporte uma folha de papel dobrada escrita em todas as faces.
Arquivo Arquivo Nacional da Torre do Tombo
Repository Casa da Suplicação
Fundo Feitos Findos, Processos-Crime
Cota arquivística Letra J, Maço 215, Número 37, Caixa 566, Caderno [1]
Fólios [5]r-[6]v
Transcrição José Pedro Ferreira
Revisão principal Cristina Albino
Contextualização José Pedro Ferreira
Modernização Liliana Romão Teles
Anotação POS Clara Pinto, Catarina Carvalheiro
Data da transcrição2007

Page [5]r > [5]v

Nenhuma outra Razão (a não ser este justo recentimto) me obrigaria a pegar na pena para escrever a hum homem tão vil, e tão indigno como voce. He o cazo Estevão Ferreira Rocha perceguido de huma estrella, arrastado da necessidade, e fome, depois de naufragar a mais de secenta legoas distante de Lxa, depois de andar a , e sem ampáro, ou abrigo toda esta estenção: aqui chegou e como elle de umanos descende descende julgou encontrar quando ahi foi, não defezo azillo, porem ao menos algum benefficio, que se bem que ahi dizem não haver obrigação, eu tenho votos pa o contrario: não proceguirei porque não tenho lequidaçoens, e fallo nisso por effeitos de queixa, de mais quando não fossem estas, e outras fortes razoens hera bem de esperar aquelle benefficio que o proximo como proximo menistra. Farei ponto neste argumto porque o grande mundo de tudo se compoem, e minha Tia se não fez asi, porque em tál cazo se faria quando não mais generoza, ao menos umana. Vamos ao seu cazo, sim vou fallar com voce. "De que razão he munido para dizer a Estevão" Ainda voce não tem vergonha de a



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