Representação em facsímile
1679. Carta de António de Araújo para a mãe e o irmão, Manuel de Araújo.
Autor(es)
António de Araújo
Destinatário(s)
Anónima30
Resumo
O autor manda à mãe e ao irmão notícias para toda a família, e queixa-se da sua má sorte no Brasil.
Snora Mai
estimarei es duas
acim nam tenho mais de que avize a
Vms por
quanto o portador
desta bai depreca pa a baia
deste rio de cam franssisquo mais bos avizo
domingas de araujo
q eu me nam esceco
desa tera mas não tenho mais remedio que
agencear algua couza
pa o poder irr a eca
tera q ben cabeis quem eu sou nella cem
nada acim
q tende paciencia con os trav
valhos ben podeis caber q eu nam no
gasto
mal gastado nem gastei nada do dote
e acim
ja la bai o tempo em que eu era doido a
cim rogai a des me de algua coiza
q eu tenho
o centido neca menina pois nam tenho ou
tra prenda mais neca
tera
que quem me despenhe cabe des qua
nto me ten custado andar por esta te
tera que
o centido tenho nela nam tendo
q levar pa quando for tempo desta
acim
tende cuidado d aa encinar pa que
ceja gente algum dia que ce fora macho nam
me
dera tanto cuidado e tende esperan
sas con deos porque ainda emos de vibe
ber descansados o
que me poco deter cam
estes dois annos e dahi irei pa eca tera
des
querendo e con isto nam tenho
mais de que avize a V m desta tera ma
is q fiquar
serto a voso cervico
o ceo bos gde ds muitos annos
oje de
des de agosto 1679 annos
deste voso marido
Antono de Araujo