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Maarten Janssen, 2014-

Representação em facsímile

1750. Carta de Miguel de Ataíde Corte Real, religioso, para António Ribeiro de Abreu, mestre e inquisidor.

Autor(es)

Miguel de Ataíde Corte Real      

Destinatário(s)

António Ribeiro de Abreu                        

Resumo

O autor comenta com o destinatário o assunto dos livros proibidos, bem como o choque entre a jurisdição episcopal e a inquisitorial.
Page 187r > 187v

Snr Inquizor Antonio Ribro de Abreu

Meu amo, e meu snr de toda a minha veneram, e affecto: as letras de vs nam so sam o unico allivio nas minhas vexaçoens; mas hum singular padrãm de inestimaveis honras, com q vs nos acredita a todos, e com especialide a meu sobro, q he certo, q favoreci-do com estas decorozas expressoens da sua benignide crescerá mto a sua applicaçam pa dezempenhar o bom conceito, q deve ao affecto de vs Assombra-me a nota, q vs me sobre os livros espalhados: pois sendo tam conste as matras de sua diabolica compoziçam, nam pudessem ainda ser examinadas pela circunspecçam ocular do S Offo, donde so podiamos saber a verde, pa q os q prezamos a honra de Catholicos Romanos pudessemos tambem mostrar nas acçoens os affectos. Eu ja no passado avizey a vs do q me tinha mandado dizer meu Bispo, de qm me affirmou o Rdo Pe Dr Fr Mel de Sta Ignez qualificador do S Offo, q antes q em Por-tugal houvesse a nota da chegada destes livros, q ja o meu Bo fallava nelles; e eu minhas prezumpçoens tinha de q se bolia na matra do sigillo, sobre q elle estava compondo a favor da jurisdicçam dos Bos



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