Representação em facsímile
1831. Carta de Maria do Rosário para o marido, António Fernandes, vendedor de mechas.
Autor(es)
Maria do Rosário
Destinatário(s)
António Fernandes
Resumo
A autora diz ao seu marido, preso, que vai pôr-se a caminho para o ir ver.
Meu Anto do Coração
Pego ou mando escrever pa sucegar o meu
Espirito pois tão dezocegado anda despois
tu faltares a tua caza há hoje 12 dias despois
que tu fostes daqui sem saber adonde tu estas
agora que me davão a triste noticia q estavas
Prezo emgonoro a cauza sem saber qual hé se
foi pr dezordem ou pr falta de algua couza
q te pedisse as cortiças; Eu e nosso fo esta-
mos dezejando a tua Ca pr mumentos pois
bem sabes q não temos outro Esteio, senão
tu. Asim q me derão a triste noticia
de semelhante couza fiquei
Traspedissima
sem siria algua deramando mtas Lagrimas
lastimando a ma Negra penna e na situa
são em q me acho. Agora q tenho Portador
pa essa Terra mando esta pa verdadeiramente
saber o q hei de fazer ou a qm hei de hir falar
pa com efeito sabermos o q avemos de fazer
Ahi vai essa carta com esta q hé de João
Mexieiro pois tu o bem conhesses pois este
hé q me deu esta boa notiçia. Eu estou
pronta a porme a Camo e deixar o pequeno
em alguma pte e hir a tua procura, o mmo
tempo hir pedindo hua Ezmolla pr Amor
de Deus pelos os Fieis só pr te ver e e junttamte ir