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Maarten Janssen, 2014-

Representação em facsímile

[1600]. Carta de Álvaro Vaz para Miguel de Castro, arcebispo de Lisboa.

Autor(es)

Álvaro Vaz      

Destinatário(s)

Miguel de Castro                        

Resumo

O autor dirige-se ao Arcebispo de Lisboa, dando-lhe conta das injustiças que dizia ter sofrido perante a Inquisição, pedindo intervenção na restituição da sua honra e bom nome.
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forão causa, q fossem diminuidos, quãtos injustamẽte ensambenitarão, quãtos queimarão testimunhos falsos, q pa diser mõte, Mestre Alvaro surgião fui condenado e queimado trinta ou quarẽta testimonhas todas falsas, e he isto certo. Cuidavão os Inquisidores de acreditar sua Inquisisão comigo e não fiserão outra cousa q publicar ao mundo minha christandade, e manifestar, e faser notorio a todas as nações as falsidades e juramẽtos falsos q nas Inquisosões de Portugal cada dia se cometẽ, de q os Inquisidores darão a Ds a estreitissima conta q ha no mundo q se ganhẽ bispados a conta de destruir minha honra? a Ds deixo a vingança. O Sor Dom Theotonio de Evora não pagou bẽ a Roma pois retorno das verdades Catholicas q de Roma recebemos, elle lhe pagou livros ou cartapassios de testimunhos falsos, e de falsidades e mentiras q os Inquisidores fiserão diser; q chegão a festejar tãtos falsos testimunhos q ẽvolvendoos velludo carmesim lhe dão o proprio lugar q a igreja Sancta e mai minha, daa e ordem aos Evangelhos de Xpõ Jesu, pa serẽ publicados. Ds vee, aguarda, e dissimula q a VS de longa vida ã seu servisso, e sua gloria. porq per modos injustos causão os Inquisidores jurarẽ huns falso cõtra os outros per isso digo assima q injustamente ẽsambe-nitão, e queimão os mui Catholicos.

Criado Alvaro Vaz Ao Sõr Arcebispo de Lisboa E meu Sõr


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