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Maarten Janssen, 2014-

Representação em facsímile

1760. Carta de Manuel Borges Pimentel, arrieiro de tropa, para seu pai, Eugénio Pimentel, capitão.

Autor(es)

Manuel Borges Pimentel      

Destinatário(s)

Eugénio Pimentel                        

Resumo

O autor, lamentando-se da sua sina e de estar distante dos pais, implora pelas suas bênçãos e prepara-os para a receção de notícias menos afortunadas; descreve diversas peripécias por que passou desde que chegou ao Brasil, confessa ter desobedecido às ordens do pai e anuncia ter casado em Goiás.
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Mãi hoje que Eu me llembor de tanto amor que vmce me tinha neste dia me llembor dos excesus que vmce fazia por amar e venerar este filho inutill que antes Eu morrese quando minha Mãi e sor me botou aos seus pes e antes o navio fose a pique quando meti pes nelle pa vir pa estas terras que deixharia de agora lhe manefestar a vmce tantos trabalhos que tenho padesido por estas terras. Agora dezejo e tenho dezejado 2 mil vezes o ma-is vil canto da estervaria de vmce que se nelle me vi se não pasaria o que tenho pasadó e terei pa pa-sar em satisfasão de todos os meus pecados que não sei se se pagão os pecados neste mundo ou no outro mais bem afurtunado daquelles que tem o seu pergatorio neste. Estando no Rio de jan-eiro pa continuar com os estudos em caza de meu Tio Anto coelho quis as minhas infilicidades q me axhaxem com capacidade pa soldadó de sta Catheriná e como Eu tive huas estorias com hu-m celrigo filho do portó e por elle me dizer sertas Libardades emtentei a matalló adonde semper lhe foi bater a sua porta pa obra o que emtentava fes queixha de mim ao governa-dor e andavão atras de mim a ver se me podiam apanhar pa me mandar pa sta Catherina por soldado andei hums tenpos escondido na Rosá de meu tio Caietano Coelho e de meu tio Antonio Coelho emté que apareseó hum celrigo


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