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Maarten Janssen, 2014-

Representação em facsímile

1818. Carta de João Alexandrino Roque Castelo Branco, reverendo e prior, para Luís António Ribeiro de Novais, padre.

ResumoO autor pede ao destinatário que siga certos procedimentos para garantir a defesa de uns seus patrícios de Monsanto em relação a uma acusação injusta.
Autor(es) João Alexandrino Roque Castelo Branco
Destinatário(s) Luís António Ribeiro de Novais            
De Portugal, Guarda, Monsanto
Para Portugal, Lisboa
Contexto

Joaquim de Paiva, na sequência de um processo de vingança, foi acusado dos delitos de resistência e motim. O caso começou quando o juiz ordinário da Vila de Monsanto, Joaquim José da Silva, e seu irmão, Filipe Joaquim da Silva, bem como António Joaquim Henriques de Paiva, mataram ou mandaram matar um touro que os lavradores da vila tinham comprado para cobrir as suas vacas e multiplicarem a criação do gado, com interesse geral do povo. Morto o touro, o juiz, como se dele fosse dono, repartiu a carne como bem entendeu. Os lavradores queixaram-se ao outro juiz da mesma vila, pedindo uma indemnização. Como reação, Joaquim José da Silva maquinou uma falsa certidão, queixando-se dos ditos lavradores, entre os quais, Joaquim de Paiva. Afirmou que os lavradores, armados de paus e com vozes amotinadoras, andavam pelas ruas aos empurrões e espancavam quem não queria segui-los, isto apesar de ninguém ter aparecido a queixar-se de ter sido agredido. A certidão seguiu para o juiz-de-fora de Penamacor, António José Monteiro de Seixas, que tomou conta do caso. Para suas testemunhas, Joaquim José da Silva e seu irmão terão subornado umas 'mulheres prostitutas', que não foram consideradas dignas de crédito por serem 'infames', bem como outras pessoas designadas de 'abjectas e dependentes do juiz'. Tudo isto o réu, Joaquim de Paiva conseguiu provar, pelo que foi absolvido. As acusações foram retiradas.

Suporte meia folha de papel dobrada, escrita nas duas primeiras faces e com sobrescrito na última.
Arquivo Arquivo Nacional da Torre do Tombo
Repository Casa da Suplicação
Fundo Feitos Findos, Processos-Crime
Cota arquivística Letra J, Maço 224, Número 24, Caixa 590
Fólios 76r-v
Socio-Historical Keywords Rita Marquilhas
Transcrição Leonor Tavares
Revisão principal Rita Marquilhas
Contextualização Leonor Tavares
Modernização Rita Marquilhas
Data da transcrição2007

Page 76r > 76v

Illmo Rmo Sr Pe Luiz Antonio Ribeiro de Novais

Persuadase V Sa q lhe dezejo saude, e felicides e q disponha da ma vontade, pa qto lhe agradar

Eu rezervo pa outro correiio o tratarmos de Contas. E por isso escrevo por este Portador tão sómt a pedir queira Orar pelos disgrassados meos Freguezes, seos patricios e o milhor seria requerer Provizam pa Nova Devassa, pois lhe certifico, q nem huma testemunha Jura contra elles; eu attestarei a sua falside e ttoda a Camera jura, e attesta, o mesmo E he esta huma occaziam em q se podem perder aquelles Desputas, pa isto eu darei huma minuta doz Seos attentados se o Portador o não incontrar no Correiio, pois foi dirigida, a Anto da Costa Grillo, e se ella apparecer facase Requerimto em nome dos mmos infelizes, e acrecentelhe mais, q athe uzurpa a Autoride Regia, e a da Camera, pois estando o Sobro do



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