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Maarten Janssen, 2014-
Resumo | O autor dá notícias aos pais, dizendo que se encontra bem de saúde e com muitas saudades da família. |
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Autor(es) | António Borges |
Destinatário(s) | Jacinto Borges Ana Joaquina |
De | África, Cabo da Boa Esperança |
Para | Portugal, Lisboa |
Contexto | Este processo diz respeito a Páscoa Maria, vendedeira, natural da freguesia de Santo Estêvão de Alfama e moradora na freguesia da Pena, em Lisboa, filha de Francisco Igreja e de Maria Francisca, acusada de bigamia. A ré casara a 21 de março de 1770 com Simão Jorge, soldado, filho de Tomé Jorge e de Isidora Maria, na paróquia de São Julião de Lisboa, pela manhã, tendo como testemunhas José da Costa, soldado de galé d'el-Rei, e Valério José Freire, tesoureiro da Igreja. Depois, a 30 de março de 1789, casou na paróquia de Nossa Senhora da Pena com José Cardoso Pacheco "ilhéu", conhecido por "Ratada", solteiro, filho legítimo de António Cardoso Pacheco e de Maria de Jesus, natural da freguesia de São Sebastião, ilha Terceira, bispado de Angra, tendo por testemunhas Valentim Lopes Pereira, que vivia de sua agência, e Francisco Pedro de Carvalho e Costa, escrivão do crime do Bairro de Andaluz, ambos moradores no Campo de Santa Ana. Páscoa Maria foi presa a 23 de julho de 1789, dia em que fora denunciada por Inês Maria dos Prazeres, casada com Ricardo Luís dos Prazeres (oficial de pedreiro), perante o inquisidor António Veríssimo de Larres. A denunciante declarou que Páscoa Maria, ainda casada com Simão Jorge, que se achava ausente em Angola, se tinha casado novamente, recebendo-se como viúva, por o seu marido ter morrido no Hospital de Moçambique. Declarou ainda que soubera da notícia por uma mulher chamada Ana Joaquina, "a Castelhana", mulher de Jacinto Borges e mãe de António Borges, a viver em Moçambique, que tinha recebido carta do filho, na qual dizia que tinha visto o dito marido de Páscoa Maria, e que aquela lha havia entregado. Contudo, fora o marido daquela, Jacinto Borges, quem entregara a carta à Inquisição, a qual provaria que o primeiro marido de Páscoa Maria estava vivo. Sabendo desta notícia, Páscoa Maria disse não ser possível que o seu marido estivesse vivo e que tinha dado a sua justificação na câmara, como investigara o comissário Varíssimo Manuel de Azevedo Serra. No mesmo dia, testemunhou também Maria dos Anjos, casada com José de Abreu, carreiro das Águas Livres, moradora no Largo do Rato, e irmã de Simão Jorge. Segundo parece, pela impossibilidade de encontrar pessoas que pudessem conhecer ou saber notícias do primeiro marido da ré, Simão Jorge, o caso foi arquivado. |
Suporte | meia folha de papel de carta escrita no rosto. |
Arquivo | Arquivo Nacional da Torre do Tombo |
Repository | Tribunal do Santo Ofício |
Fundo | Inquisição de Lisboa |
Cota arquivística | Processo 1848, 1º caderno |
Fólios | 6r |
Transcrição | Leonor Tavares |
Revisão principal | Catarina Carvalheiro |
Contextualização | Leonor Tavares |
Modernização | Raïssa Gillier |
Data da transcrição | 2015 |
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