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Maarten Janssen, 2014-

Representação em facsímile

1706. Carta de Dom Cristóvão Correia para Luís José de Vasconcelos, fidalgo.

ResumoO autor comenta vários sucessos, especialmente a tomada de Valência de Alcântara.
Autor(es) Cristóvão Correia
Destinatário(s) Luís José de Vasconcelos            
De Portugal, Évora, Estremoz
Para Portugal, Lisboa
Contexto

Após a revolução Setembrista e a subsequente reforma do ensino, o estado liberal centralizou o ensino artístico juntando artistas das Belas Artes e artistas das Artes Fabris. A criação da Academia Nacional de Belas Artes de Lisboa surgiu nesse contexto: foi criada a 23 de outubro de 1836 e inaugurada em 1837. Funcionou, desde então, no extinto Convento de São Francisco, onde dispunha também de uma biblioteca com milhares de volumes. Ao longo dos anos, a Academia foi sofrendo algumas alterações, mas manteve sempre um forte pendor cultural, pedagógico e honorífico. Das atividades da Academia constam não só a formação de novos artistas como a atribuição de prémios e bolsas de estudo e a publicação de obras de grande interesse como Os Primitivos Portugueses e O Manuelino de Reinaldo dos Santos ou a revista Belas Artes.

A documentação pertencente a este fundo diz respeito, na sua maioria, a aquisições feitas pela instituição ou documentação relativa ao próprio funcionamento da mesma. No entanto, as cartas particulares recolhidas fazem parte de uma documentação cedida à instituição a 13 de junho de 1902 por António Tomás Pires (1850-1913), etnógrafo, escritor, secretário municipal de Elvas, investigador e delegado correspondente da comissão dos Monumentos Nacionais muito interessado nas tradições populares portuguesas. O acervo é composto por documentação de vários séculos (século XVI a século XIX) e reúne documentos recebidos pelos vogais da instituição e enviados ao presidente da Comissão Executiva do Conselho Superior dos Monumentos Nacionais, entre os quais cartas familiares e privadas.

Suporte uma folha de papel dobrada,escrita nas duas primeiras faces.
Arquivo Arquivo Nacional da Torre do Tombo
Repository Documentos Oferecidos
Fundo ANBA
Cota arquivística Documento 80
Fólios 326r-v
Online Facsimile http://digitarq.arquivos.pt/details?id=4612220
Socio-Historical Keywords Mariana Gomes
Transcrição Mariana Gomes
Revisão principal Raïssa Gillier
Contextualização Leonor Tavares
Modernização Raïssa Gillier
Anotação POS Raïssa Gillier
Data da transcrição2016

Page 326r > 326v

Amo e sr meu: Receby a carta de VSa e me alegro com a sua saude sintindo muito o socesso de Alcantara, e histo em Governador com openiam de soldado valerozo, e vigilante e mais com inimigos da porta adentro e mais q dobrados ao Prezidio he couza trabalhoza e eu aquy ouço q com ponto q se derão se amotinarão os Payzanos e devertidos os soldados com elles entrarão os cas-telhanos o q convem he não lhe consentir Arma de nenhũ genero e o a qm se lhe achar enforcalo Logo, como elles fizerão em Portalegre, darlhe busca repetidas, em sendo noute que não sayão fora de suas cazas, Patrulhas forã sentinelas Largas, e sobre estas perdidas em todos os caminhos q se possão trazer para a Prassa nella rondas continuas, os q sahirem de guarda q fiquem de retem, terlhe os postos nomeados para sa-berem aonde hão de accudir, e corpozinho es-colhido pa o fazer com o Governador aonde for mais necesario; rondas tãobem pella Terra pa ver se os Payzannos se bolem; muito trabo he tudo histo mas peor he degolarem homem a sangue frio, e de dia tãobem se dorme e se descança: He verdade q histo se costumava na guerra antiga: e q hoje está reprova-do, e agora com a moda nova tudo se obra com o acerto q nós vemos; e perdoeme VSa esta nar-ração ql confiança de velho, e eu podera obrar com acerto, quando seguira os seus dictames

A este e aos outros officiais q tem vindo mandey dár a ajuda q me pedirão mas



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