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Maarten Janssen, 2014-

Representação em facsímile

[1620]. Carta de Rui Fernandes de Castanheda para a sua mulher, D. Catarina Faria de Alpoim

Autor(es)

Rui Fernandes de Castanheda      

Destinatário(s)

Catarina Faria de Alpoim                        

Resumo

O autor notifica a sua mulher de que foi preso em Caminha e que vai ser levado pela Inquisição e dá-lhe instruções sobre como agir para o ajudar.
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do elvas q he donde esta o voso anel E elle dahi vos ireis logo E seu filho E outro homẽ falar ao frade q he santo E vos a de encaminhar E favoreser la na meza E isto sera tudo o conselho do dito ldo simão barboza o qual me a de mandar hũa carta en reposta da minha em q me avize o q ei de fazer E ella E outra vosa em que me avizareis como estais E juntamte me avizareis que pesoas são as que estão prezas E as soltas donde estão E a reposta desa carta q ahi mando pa o rocha em q lhe mando perguntar do negosio de madrid me fareis tudo maso cozido em pano E mo trara logo este portador toda a presa antes q me levẽ desta tera ahi vos mando dobrão pa os homẽns q vos acõpanharẽ avizaime os termos en q estão as cazas de solis E porq estou mui fraco quazi pa espirar não sou mais largo q ficarme o Coracão arebentando E os olhos lagrimas saudades vosas E de sabina E de minha triste sorte E se vos não vir ja nesta vida não vos esquesa de me emComendardes a alma a cristo jhs E a sua bendita mai q me socora en tão grãode tribulacão qual fica este agoniado Coracão.

Voso q nũca nasera

por este homẽ me mandai as siroulas E as duas camizas velhas ou ao menos as siroulas E o demais não E no maso não me ponhais sobescrito porq este portador não me conhese q hũa molher lhe deu estas cartas sem elle saber de quem ellas erão



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