Representação em facsímile
1618. Carta de autor não identificado, provavelmente um dos sobrinhos de Joana de Sousa, para o seu primo Duarte Rodrigues.
Autor(es)
Anónimo495
Destinatário(s)
Duarte Rodrigues
Resumo
O autor dirige-se a Duarte Rodrigues dizendo que a sua tia, Joana de Sousa, juntamente com as filhas e o genro, pretende fugir do país e pedindo que lhe escreva uma carta a convidá-la para o ir visitar a Sevilha, para que esta sirva de prova caso sejam apanhados.
borão da carta q se de de escre
ver a sevilha a duarte roiz
Estamos em hũ tempo tão apertado e em tão grão
de cativeiro q nos he forcado valermonos da en
dustria e traca posivel pa poder saiir deste laba
rinto e fogo a que cada ora nos vemos arisca
dos por vermos arder a tera cada ves mais e an
tes q o fogo se ateie mais nos foi forcado buscar
remedeo pa fogir delle e ainda que cõ grãode de
trisão e risco e pa reduzir a efeito este intento
de nosa tia Joana de sousa lhe he forsado va
lerse do favor de vm cõ hũa carta sua cujo tres
lado com este vai pera que sei lhe sirva de hũa
ancora em q se apege en cazo q aja tromenta
ao sair deste porto por as muitas espias que
ha e serco em que as pesoas qua estão ella se
vai cõ suas filhas e genro e leva remedio com
que lhe não darei enfadamto em hũ pucaro d a
goa somte quer esa carta pa constar que vai a seu
chamado pa a mostrar pa O que sosedeu por
que chegados a esa tera dahi se a de loguo par
tir e pois cõ tão pouca coiza os pode ajudar
lhe peco lhe não falte com a mandar tanto
que este vir cõ sobescrito e porte pa ella por
via do pro coreo cõ toda a brevidade posivel e
porq estou de caminho nesta não sou mais
largo noso sõr etta