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Maarten Janssen, 2014-

Representação em facsímile

1633. Carta de Domingos Monteiro (o Chapado), artilheiro, para o seu pai, Domingos Francisco (o Chapado), barbeiro de espadas.

Autor(es)

Domingos Monteiro      

Destinatário(s)

Domingos Francisco                        

Resumo

O autor relata o que tem passado e garante o envio de certas encomendas, transmitindo muitas lembranças a familiares e amigos. Comenta uma série de factos que tem vivenciado naquelas partes do Oriente, como sejam a prostituição, o custo em amealhar dinheiro, a carestia dos bens, as ordens régias que obrigavam à permanência por longos períodos e os salários competentes, as relações adulterinas dos portugueses, o seu desinteresse em manter contacto com as suas mulheres e família em Portugal, entre outros.
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sahio por Juis do oficio de Vm e por escrivão e compradores não lhe mãndo agora nada porque não estou em goa mas estamos esperando que venha a esta Cidade de diuu aonde fiquo morador a cafela de cambaia então lhe mandarei os fardos d arros e calsois branquos e algũs canequis e o que eu puder qua depresa se vai anno e tudo ha de ir por via do filho do sor simão galvão e em mantas vou ajuntando as pataquas dos quarteis, e mto bem fechadas por que não aborlesão nem se danem deme Vm mtos recados aquela velinha que vai todos os dias a nossa snora da vitoria a puxar pella campainha que me emcomende mto a nossa snora da vitoria nos devensimto nestas partes contra os malavares e orlandezes que eu lhe mandarei pa o anno ds querendo pa fazer par de capelos, ao sor gerardo glz me de mtos recados que espero, em ds que ainda nos avemos de ver e que ainda esta vivo quem aguentou aquela ilha antigua que ainda nos avemos de ver com outra entre mãos mtos recados me de ao sor agostinho d abreu que sou seu criado o seu obreiro a salvamto e ao sor luquas de canes e a e ao seu obreiro e ao sor mel friz e ao sor dominguos dias e ao sor bartolameu luis e ao seu obreiro luis gonsalves que nesta Cidade de diuu fiqua seu irmão que se chama gaspar roiz mto bem desposto e valente e anda no meu navio os mesmos recados ao sor meu padrinho João de brito e ao sor romão Jorge e ao sor matheus nunes e ao sor mel roiz nosso vezinho que foi e a sora Izabel pinheira e a matheus e que eu lhe mandarei as suas promesas e ao sor mel Jorge e ao patrisio de Vm que esta com elle na sua tenda e ao sor frco rebelo e a sora sua hospeda que ainda hei de ir a tempo pa levaremos a sora sua filha a porta da igreja ao sor migel alvres que sou seu ate morte e que pello tempo adiante ele o vera dandome ds vida e saude ao sor, domingos pires e a brás pires tãobem me de meus recados que qua estou esperando por elle e quando não eu lhe mandarei, a ambos pa par de manteus pa o anno ao sor ambrozio jaques tãobem meus recados que eu lhe prometo de lhe mandar pa a sua filha pa fazer vistido que me emcomende a nossa sora do rosario, ao sor mais recados ao sor, anto lourenso e ao sor, bastião de xares os mesmos e juntamente ao meu sor fernão mendes e a todos os mais que por mim perguntarem a Vm e no cabo de todos estes amigos d alma em particular, ao meu amigo do corasão e de Vm simão da costa e a sora sua molher maria pedroza que eu lhe mandarei o que lhe pormeti pa o anno que ainda não tenho mto fato de meu e que espero em deos de ter pão mto sedo que me encomende a deos em suas orasois eu eu o mais depresa que poder ir a goa hei de ir pa mandar a Vm o que tenho na vontade e pa a sua tenda que ponhão os olhos nella e juntamte em Vm porque levo


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