Representação em facsímile
1620. Carta de António de Castro Pinto, cirurgião, para Francisco Luís, arcediago.
Autor(es)
António de Castro Pinto
Destinatário(s)
Francisco Luís
Resumo
O autor suplica o perdão do destinatário. Pede-lhe que o castigue, sim, mas de uma maneira não pública. Está em causa a perseguição que o autor fez aos cristãos-novos de Argozelo.
me pode valler e ser agora rei ẽ
tall oquassião q eu não fui sso q
po gomes de izeda foi o agressor do
odio cõ o jũiz d algusselo q eu não
sabia allgusselo nen entrei nunqua
nele mais q aquella noite q numqua
entrara vejame cõ olhos de miseri
cordia q mais serviço de dẽs sera favo
reçerme nesta caussa q eixecutar a
sentença e nisto tomarei a penitençia
q Vm me der como fique eincu
berta não enfado mais a Vm mais q
fiquar rogando a dẽs pela vida e saude
de Vm de izeda e criado de Vm oje 28 de março de 1620
criado de vm
Anto de crasto
e isto era chamandome eles fameliar
sen me eu nomeiar por tall nen
abri porta allgua nen prender ningen
q o jũiz te cullpa cõ po gomez deste izeda
que ele sabia as cassas e os nomes deles era
o prençipall obra cõ ser judeu e como
tais lhe derão a sua
mula mas thome pis
de vinhas dezia asi