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Maarten Janssen, 2014-

Representação em facsímile

1706. Carta de António Borralho de Almeida para Diogo da Silva de Gouveia e Abreu, juiz de fora.

ResumoO autor dá ao destinatário notícias sobre o decorrer da devassa que o arcebispo de Évora lançara contra ele.
Autor(es) António Borralho de Almeida
Destinatário(s) Diogo da Silva de Gouveia e Abreu            
De Portugal, Setúbal, Torrão
Para [Lisboa]
Contexto

O réu deste processo é Diogo da Silva de Gouveia e Abreu, juiz de fora na vila do Torrão, preso pela Inquisição a 22 de Fevereiro de 1707 por actividades contrárias à fé católica. O juiz de fora teve um pleito com as justiças de Évora sobre matérias da fazenda e da jurisdição real, causando o descontentamento de um bispo que resistiu à justiça. A situação resultou na sua excomunhão pelo arcebispo de Évora e no lançamento de uma devassa contra ele pelo Juízo Eclesiástico, que lhe imputou crimes inventados, servindo-se, como testemunhas contra ele, de pessoas que Diogo da Silva de Gouveia e Abreu castigara no cumprimento da justiça régia, e de outras que para tal foram intimadas. Essas testemunhas acusavam-no de zombar da excomunhão e de a ignorar, continuando a ir à missa, de dizer mal do arcebispo de Évora e de declarar que só obedeceria ao rei. As cartas encontradas no seu processo foram apresentadas pelo réu como prova do que foi dito numa petição que fez à mesa do Santo Ofício. O processo não contém sentença.

Suporte uma folha de papel escrita em ambas as faces.
Arquivo Arquivo Nacional da Torre do Tombo
Repository Tribunal do Santo Ofício
Fundo Inquisição de Lisboa
Cota arquivística Processo 767
Fólios 142rv
Online Facsimile http://digitarq.arquivos.pt/details?id=2300648
Transcrição Maria Teresa Oliveira
Revisão principal Fernanda Pratas
Contextualização Maria Teresa Oliveira
Modernização Fernanda Pratas
Data da transcrição2016

Page 142r > 142v

Snor Diogo da silva de guouveia abrei

Meu snor Dtor pelo snor rodrigo da ponte sube sigara m com mui boa saude esta lhe asista vm e a eses sinhores como lhe quero eu fico com ela mto as ordens de m meu snor o bispo se foi inbora e me culpou a min e Anto de mira por falarmos com m e dizem que a dois mais que nãm sei quem sam isto o clgio andrada andando induzindo testemunhas comtra vm e comtra nos como tambem o bispo atimidando as testemunhas pa jurarem comtra vm estas todas inimigas de m as morgadas marsal da fonsequa os gastois seu vizinho de m o gaginho marido e mulhe e o cam do fiho este cam dise canto quis e algus dos sinhores clegios o snor ferei estevo era comsiheiro e o vilam de seu irmão palo mendes que todos estam em hum corpo



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