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Maarten Janssen, 2014-

Representação em facsímile

[1617]. Carta entre primos.

ResumoO autor pede ao primo que pague ao portador pelas obras que fez.
Autor(es) Anónimo
Destinatário(s) Anónimo            
De S.l.
Para Beja
Contexto

Este processo diz respeito a Francisco Jorge, mercador, cristão-novo de 45 anos, casado com Maria Soeiro, acusado de judaísmo. Natural de Elvas e morador em Lisboa, o réu era filho de Simão Jorge, mercador, e de Branca Rodrigues. Várias são as testemunhas que dizem ter participado de juramentos e rituais judaicos com o réu, uma das quais o seu próprio irmão Henrique Gomes, tratante de 35 anos de idade. Assim, apesar de o réu negar todas as acusações que lhe foram feitas ficou evidente a sua culpa. Preso a 24 de outubro de 1621, o réu foi condenado em auto-da-fé de 28 de novembro de 1621 a excomunhão maior, confisco de bens e relaxação à justiça secular. Embora se julgue pelo conteúdo da carta inclusa no processo que esta teria servido como prova do bom carácter e comportamento do réu, não existe qualquer menção à mesma no processo nem aos seus participantes.

Suporte meia folha de papel não dobrada escrita no rosto e no verso.
Arquivo Arquivo Nacional da Torre do Tombo
Repository Tribunal do Santo Ofício
Fundo Inquisição de Lisboa
Cota arquivística Processo 7440
Fólios 33Ar-v
Online Facsimile http://digitarq.arquivos.pt/details?id=2307516
Transcrição Leonor Tavares
Contextualização Leonor Tavares
Modernização Raïssa Gillier
Anotação POS Raïssa Gillier
Data da transcrição2015

Page 33Ar > 33Av

snor primo gines de Baraona este Bẽ mofino ten 15 tas falsas cõtra si por amor de jhs xpo mande o tio de Beja mande cartas de freiras e algarve e mel de seixes venha o snor Bispo olhẽ por minha justisa rigor q a tenho bẽ clara e vm por sua parte o portador q esta obra de miziricordia por vm fes dara so mil rs e os agardesimtos devidos como e rezão o snor o livre de seus enemigos e de boa mão direita amen o mofino frco jorge d Elvas fasa vm esta obra q gente onrada não se perde como overa bẽ claramte mora na rua dos oirives e bẽ riquo e onrado e se não lhe pareser bon este



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