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Maarten Janssen, 2014-

Representação em facsímile

1648. Carta de Luís da Assunção, frade, para Rodrigo Aires Brandão, contratador.

ResumoO autor escreve acerca da correspondência trocada e do envio de umas sementes.
Autor(es) Luís da Assunção
Destinatário(s) Rodrigo Aires Brandão            
De Portugal, Trancoso
Para Portugal, Lisboa
Contexto

Este processo diz respeito a Rodrigo Aires Brandão, cristão-novo de 42 anos de idade, contratador, casado com Leonor Rodrigues e acusado de judaísmo. Natural de Viana do Castelo e morador em Lisboa, o réu era filho de Francisco Dias, mercador, e de Joana Brandoa. O réu foi acusado não só de praticar rituais judaicos como de tentar converter algumas pessoas ao judaísmo e utilizar escritos da lei de Moisés nas solas dos sapatos, bolsos de camisas, casacos e calças. O processo 11752 da Inquisição de Lisboa contém cartas deste réu e de familiares seus. Consta deste processo que uma pessoa enviou em anonimato um escrito enrolado em linha e com um pedaço de mosaico amarrado para não voar, onde se denunciava a troca de correspondência entre presos Rodrigo Aires Brandão, Manuel Fernandes Vila Real e Duarte da Silva no cárcere da Inquisição por meio da presa Maria das Candeias, que estava na cozinha. A carta transcrita foi entregue à mesa pelo tesoureiro do fisco a 10 de fevereiro após ser encontrada aquando da relação dos bens e dívidas do réu. Preso a 14 de dezembro de 1647, em auto-da-fé de 01 de dezembro de 1652 foi condenado a abjuração de veemente, cárcere a arbítrio, penitências espirituais, pagamento de custas.

Suporte um quarto folha de papel não dobrada escrito apenas no rosto.
Arquivo Arquivo Nacional da Torre do Tombo
Repository Tribunal do Santo Ofício
Fundo Inquisição de Lisboa
Cota arquivística Processo 4107
Fólios 16r
Online Facsimile http://digitarq.arquivos.pt/details?id=2304078
Transcrição Leonor Tavares
Contextualização Leonor Tavares
Modernização Raïssa Gillier
Anotação POS Raïssa Gillier
Data da transcrição2016

Page 6r

Louvado xpo

Antes da festa escrevi a Vm E ao sor Jorze dias em que lhas dava melho-radas, e lhe sinificava como me não esquesia de emcomendar a Vms, a dés em meus sacrifissios e a toda essa casa, e me alegrei de se fazer o cadafalso sem aver notiçia de nossas pertençoes que he sinal q avemos de ver o que deziamos; oraçoes não faltão e dés ha de se lembrar dos inoçentes.

desa cidade veio fernão mendes o qual me veio vezitar a este convto oferesendome sua peçoa, caza, e fazemda, por comta da amizade q dis deve a Vm e a verdade que não posso eu ser co-nheçido nesta beira sem os favores e credito de Vm elle he mto boa peçoa cortezão e rico e dos prinçipaes desta villa busqueio em sua caza adomde me fes a mesma oferta e me mãodou vezitar com os seus mimos. Vm se lhe escrever lhe renda as graças pella m que me feito, que eu lhe não desmereserei quamdo elle me ocupe ao sor Jorze dias me faça Vm m emviar essa carta e avizeme de sua boa saude eu a dés gracas fico com a mesma pa servir a Vm a quê peço se não esquesa da semente das morseanas q saum chegando o tempo e a pode Vm mãodar a caza de mel alvres da fomseca natural desta villa que mora na famcaria velha q elle ma remetera gde dés a Vm tramcozo oje 25 de janro de 648 Deste servuo e gramde Amigo fr Luis da Aps



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