Representação em facsímile
[1628]. Carta de João Esteves, antigo guarda do cárcere da Inquisição, para Filipa Pedrosa, sua mulher.
Autor(es)
João Esteves
Destinatário(s)
Filipa Pedrosa
Resumo
O autor envia instruções à mulher sobre como gerir as suas propriedades e pede-lhe notícias dos filhos. Não só elabora uma enumeração ordenada de dinheiros que lhe devem, como também as propriedades a serem exploradas por outros. Também refere no final que a carta estaria a ser escrita com um pau e que a carta do filho tinha chegado selada com lacre, provavelmente querendo confirmar com o filho os sinais da carta ou revelando que o cárcere não tinha aberto a correspondência que chegara.
q de órdem a tudo como amigo q Eu tudo pagarei queirẽdo
ds E darlhe ordem a ir tomar posse E q não passe o
tempo E se puder ser q Emquanto antonio não for pa servir
q fassa mto q sirva o pe joão gois d almeida per elle e pa isto
o snor simão llopes fara co o provizor pa o deixem servir
mãodaime dizer se prenderão mais algũ de meus copanhei
ros q am comei carne E como não tiverdes dro scõ
dei do q tiverdes por caza q ds dara remedio do q me dizes
q sera como a cristaleira não me paresse isso que escreveo
o escrito pequeno folguo saber porq não he de antonio
paresse q ouvi dizer q hia tambem preso paulo d asevedo
avizai me de tudo de quando em quando ca tive novas
de mel andar ja cõ calcois- noso sor vos gde como pode
e vos de vida E saude E pasiencia não me mãodastes novas
de antonia ads gde o melam vosso. isto he escrito cõ hũm pau
o voso escrito veio selhado cõ lacre