CARDS2044 [1754]. Carta de Manuel Martins para um capelão. Autor(es)
Manuel Martins
Destinatario(s)
Anónimo91
Resumen
Manuel Martins escreve ao capelão a contar o que descobriu lendo as cartas de Lourenço António e de sua mulher Brásia Maria, suspeita de pacto com o demónio.
Opciones de visualización
Texto : Transcripción Edición Variante Normalización - Mostrar : Colores Formato original <lb> Imágenes - Etiquetas : Clase de palabra POS detallado Lema Notas lingüísticas
Javascript seems to be turned off, or there was a communication error. Turn on Javascript for more display options.
Senhor Padre Capelam
o Soldado que eu dise a vm debaixo de Comficão he do regimento de Manoel
de besa dantas primeiramente que antes que o prenderão que trazia Comsigo huma cousa
que o seu sargento tinha ordem para o prender que pasava por elle que o não prendia
nem ovia em segundo lugar que hum dia que se lhe sumio aquilo do bolso que
naquele mesmo dia o prenderao que fugindo elle do barco ou escondendose que
andava Com as maons por sima e que não vião e a todos dis que aqui não mas que
em estando no Corsario que elle sahira para a libardade e que Cuando elle
não saia do Cursario que em elle gegando a india que logo no outro
dia a de la fazer hir duas pesoas
em proCura dele que para iso leva
huma prenda que sãm humas fivelas de prata e huns Curais que lhe deu
a mulher e dis que se a mulher quizer que ningem o pode livrar
Como ella eu lhe vi escrever a mulher huma Carta eu a li que dizia
que ella Com o seu puder o pudia livrar e na Carta dizia que de ha muito
emtregava a sua alma o demonio tres
vezes e falava em isto na Carta
huma Carta de huma folha de papel em tres laudas escritas
outra Carta lhe tinha ella mandado em que dizia que tinha pidido
digo tinha ido a Caza do
marques de abrantes que nunCa lhe pudera
falar mas que não emportava que ella esperava do seu travalho
ter fruto que se não desconsolase isto he o que poso dizer a vm
i dizendo lhe eu huma ves por sonbaria que se elle saise que vise
se me pudia levar Comsigo me respondeu que em Ca vindo sua
mulher que elle veria e dizendo eu tua mulher parese me
inda ser
muito rapariga para ter pato Com o diabo dice me que não era tam
rapariga
que não tivese trinta e tantos anos elle chamase Lourenso
antonio ella brazia maria nisto ditriminara vm o que quizer
pois sabe o que deve ser
Deos guarde a vm muitos annos
De vm Criado muito obrigado
Manoel Martins
a molher mora para os anjos
algures e vende pelas ruas
fruta e mais queijos
Leyenda:
Expanded • Unclear • Deleted • Added • Supplied
Download XML • Download text
• Wordcloud • Facsimile view • Manuscript line view • Pageflow view • Visualización por frase • Syntactic annotation