PSCR0013 [1545]. Carta de Dona Margarida de Alcáçova para o seu irmão, Pedro de Alcáçova Carneiro, secretário de estado.
Autor(es)
Margarida de Alcáçova
Destinatário(s)
Pedro de Acáçova Carneiro
In English
This letter was found in the collection Coleção de Cartas (within Cartas Missivas and Other Documents) which collects, in 4 packs, loose documents of uncertain or incomplete date. The contextualization of each letter is done using information from the letter itself. The author and the addressee of the letter were two of the five children (from his first marriage) of António Carneiro, principal secretary of Dom Manuel I. Dona Margarida de Alcáçova was married to Rui Mendes de Vasconcelos (6th lord of Figueiró) , with whom she had two children.
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Ao mto. manyfyco serõ ho serõ po
dalcacoua carneiro o serõ
meu yrmão
se soubera q da mynha avya de ter tãto desgosto
amtes me soportara com muytas cousas q lhe dar
cõta delas porẽ porq me parycya q não tynha
outrẽ a quẽ dar esta comta q se mays doese de
mynhas cousas q vosa me ho mays largua
mte do q devera beyjarlhey as mãos se tiver aỹda
a mynha carta mãdarma porq Ruy mẽdez como
que mal sabe parte dela cuyda q lhe yscryvy
outra cousa porq heu lhe juro por sua vida
q Ruy mẽdez não sabya q lhe eu yscryvya mas
ãtes esta aguora morto cuydãdo que vos eu
alguñs gramdes ceyxumes e nysto me fara mto
gramde mce e mto mor ẽ crer esta verdade e não
ponha culpa a Ruy mẽdez porq esta gemte ho
faz não ãdar em ẽ sy nẽ sabe a que se torne
e mtos dyas a q ele eu sabemos quãoto vosa mce
folgua de nos fazer mce asy neste i caso como ẽ
todos os mays e se ele bem soubese parte da
maldade desta gemte não nos culparya eles
rỹse qua de comcerto e que nũqua tal falarão
nẽ quẽrẽ pyr yquy vera quam pouca culpa temos nestas
cousas he porque espero qu ele sabera parte da verda
de não dyguo nesta mays a serã dona Cna e a
vosa mce beyjo myl vezes as mãos e asy lhas tor
no a beyjar polos ceyjos são mto bõs e não
podem deyxar de serẽ asy poys são seus
quysera comvydar cõ eles ysabel jordoa mas
ouve medo de lhe ỹburylharem ho estamaguo
como os ovos q lhe vosa mce mãdou q se
gua
bava q não sabya q aquylo era tam sẽ
sabor q não o podera comer e nela quysera
mays falar mas ela esta tam mal cõ ele
como ele esta cumyguo porq lhe faltou de vyr
ao tempo q lhe fycou , suas sobrynhas lhe
beyjão as mãos
sua J. R.
dona mda d alcacova
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