PT | EN | ES

Menu principal


Powered by <TEI:TOK>
Maarten Janssen, 2014-

PS2501

1735. Carta não-autógrafa de Joana para o seu irmão, António José Cogominho, fiscal da Intendência das Minas de Sabará.

Autor(es) Joana      
Destinatário(s) António José Cogominho      
In English

Request letter from [Joana] to her brother, António José Cogominho.

The author, a widow and mother of 12 children, complains to her brother about her debts and asks him for help.

António José Cogominho, a New Christian, 49 years old, a civil servant at Sabara de Minas, Brazil, was married to Joana Micaela de Sande Tórrosa. After a stay of 18 years in Brazil, allegedly without news from his wife in Portugal, he married Eufrásia Maria dos Prazeres. He was later accused of bigamy, and the court papers include three letters from Portugal, which he presented to the religious authorities when he was trying to proof that his first wife was dead. According to him, as soon as he got to know that his first wife was still alive, he left his second wife and embarked for Portugal, which he believed was a signal of how he acted in good faith.

If there is no translation for the letter itself, you may copy the text (while using the view 'Standardization') and paste it to an automatic translator of your choice.

O script do Java parece estar desligado, ou então houve um erro de comunicação. Ligue o script do Java para mais opções de representação.

J M J

Meu Irmão e querido do meu Corasão este não sabe espilcar o quanto estimey as suas novas pois quando o sor Belxior do Rego me mandou as suas cartas pois não tive outras de vm pois lhe não sey emcareser a comsolasão que teve esta alma pois despois que deos levou quem deos tem tem sido a unica pois em mim ja não pode aver alegria nem gostos nesta vida; agora estimarei meu irmão que vm pesue huma saude mto felis como eu lhe dezejo pa meu emparo e de toda esta sua caza; eu meu Irmão despois q dias levo quem deos tem me tem dado huma tal teje e dor no peito que estou deitando sengue pella boca q na noute q deos o levou deitei tanto e dahir me não tem deichado senão emquanto estou com Remedios q ja me falta o animo e vay por hum anno q ando tomando leites de Burras q não tive mais Remedio q compar huma e comendo carne atualmte e asim o não fizeram ja os meos filhos não tinhão mais, mas agora de porximo me vejo bem doente q não sei se verei mais novas de vm nos seja o q deos quizer e se lembre deste filhos porq eu ja não estou capas de nada asim meu Irmão se vm me vise avia de dizer q não hera eu e asim lhe digo q tambem não sei se me atrirão alguns feitisos porq como des despois q deos levo quem Ds tem nem de mim nem de juaquina se tem tirardo doensas asim não sei o q atrebua; porq a tive agora com huma molina mto grande e mais doensas q tem tido e veja meu Irmão os gastos de tudo isto q as vezes me vejo douda se não me forão animando ja o estivera; porq me vejo com tantos embarasos q seponho me porei a servir como dantes porq não sei o q ha de ser de mim e destes tristes filhos porq me vejo molher de quem foi e no trato em q elle se se trava e agora me vejo desta sorte q so a vista a podira vm ver; porq se me virar no tempo em q nos moravamos na Rua de S Pedro matre tinha eu atão outtro valer porq não tinha os achaques que tenho e ter parido doze filhos mas tudo ponho nas mãos de deos e a nas de vm q pa mim não lhe peso senão pa estes filhos porq ja q estes tios q tem lhe não serve de nada porq foi tal o sor Pedro valladas q lhe escrevendo o sor Belxior do Rego huma carota q podia fazer chorar pa q me prestase tres mil corzado sober hũs titullos de huma fazenda ofresendo lhe juros q os mesmos titullos estão empenhados na huma Irmandade na guarda q jozeph Pra ja tinha empenhado em sua vida e como tive carta p do provedor da menza q mandase destrata o juro quando não me punha a fazenda na parsa foi me valer do sor Belxior pa me escerver o dito a sor Pedro valladas foi tal q nem Respondeu o sor Belxior; veja vm q irmão este pa me acudir os meus trabalhos vendo elle o q devia a quem deos tem e mto mais couzas mas tudo deicho é minha poca fortuna; não tive atão mais Remedio q dizer a sor Belxior me escrevese o porvedor da menza q a tal me não fizese de q estou pagando trinta e seis mil Reis cada seis mezes veja meu Rico irmão quem anda a par da tenda como he de paguar isto emquanto eu vo vendendo os cacos de caza bem estou eu mas vejo meu Irmão q ja fes dous annos q se predeu o meu bem todo e me via no estado em q me via e agora me vejo no estado em q me vejo q lhe firmo meu Rico irmão q não sei como estalla este corasão; porq me custa tanto e pa o meu acheque e a dor que tenho no peito esta aThe as duas oras da neute fazendo meias pa fora q aThe na cama estou asantada, a fazellas e os medicos me dizem q he matrana mas q não tem o outro Remedio o q ha de fazer agora todas as minhas esperansas he vm q asim o confio em deos q vm se ha de alembrar paso daqui porq vm tudo mto bem dimento tem; ora meu Irmão estas cartas me mandou a sor Belxior logo as li e lhe escrevei pa o se lhe dos quinhetos mil reis vm mandava dizer saria pa nos me dise q iso hera escuzado porq Reis não pagava nada dahi a pocos dias lhe foi falar pa mor dos papeis de vm me dise minha Irmã Irmãa Luiza q me não cansase q ofensa hera pa Maria; olhe meu Irmão todos sam filhos mas como vejo q Ma esta em caza do sor Balx seponho elle e seu Irmão q he o sor Anto q he pradinho della sempre se han de alembra della e esta como esta em caza e sempre o sentido de seu pais foi a cazalla eu tambem tinha ese gosto pa ficar em sua er companhia e ter estes dous pequenos q he Anto q tem outo annos pa nove e huma menina q se chama anna q tem quatro annos q Ma como sempre se queriro em S Clara sempre o noso sentido foi a ser freira mas mas meu Irmão isto não he pa tira vontades mesta sempre me asistio as minhas penas e lhe firmo q tem sentido tanto a morte de seu pay como eu fose propia elle tudo lhe meresia porq não se pode emcareser o querer dele ambos porq mais queria a filha q a mim porq cando eu queria alguma couza ella hera o q o pedia e não poso emcareser mais q so a vista o podia espilcar, Eu foi falar com o sor Belxior dizendo lhe me disese o q eu avia de mandar dizer a vm dos seus papeis me dise q elle hera o q lhe via mandar a Reposta de tudo asim neste particular não lhe poso dizer nada e me dise q a sra D Joanna Micaella hera morta q asim lhe tinha dito na caza de Baraguãnsa agora fara vm o q lhe pareser e tambem lhe foi pedir me man Me mandase pedir fanqueiro a quem vm lhe deve dar me esperase aThe vm lhe mandar dinheiro q lhe ia mandar quando a foxta crese porq dava a demanda comigo eu sem ter a com q andar com ella porq não tinha dinheiro q gastos e nada manda ainda o sor Belxior se falou mto q aThe iso me vinha asim lhe peso a vm pella alma da sua may lhe mande paguar quando não ha de alcansaar setensa comtra mim eu não tenho por onde lhe paguar, eu ca tenho andado em busca da porcurasão q vm avia de ter a quem deos tem eu onde tenho achado bem esta nos papeis porq elles estão todos nao mão do sor Belxi-or e dizendo lhe eu se esteria entre os papeis elle a buscou e não a acho agora veja vm o q se ha de fazer; o sor Franco Gomes cada ves mais gordo e mais sua molher mas tem pasado anno sem saber de nos elle ja me não ha de mister ora meu Irmão; o meu achaque me não dar lugar a mais porq o meollo não quer q pegue e pena; atão joaquina he q escreve por iso me não dilato mais porq so a vista se podia dizer tudo q espero em deos me fasa este gosto e fico pedindo a deos gde vm por mtos annos pa meu emparo e de todos estes sobrinhos Lxa occidental 3 de janeiro de 1735

irmãa mto athemta D Joanna

Legenda:

ExpandedUnclearDeletedAddedSupplied


Guardar XMLDownload textWordcloudRepresentação em facsímileManuscript line viewPageflow viewVisualização das frases