Menu principal
Powered by <TEI:TOK>
Maarten Janssen, 2014-
Resumo | A ré, presa, informa o amante das condições em que se encontra na Cadeia do Limoeiro. |
---|---|
Autor(es) | Gertrudes Rosa da Conceição |
Destinatário(s) | António José Ferreira |
De | Portugal, Lisboa, Cadeia do Limoeiro |
Para | S.l. |
Contexto | Francisco Ferreira, merceeiro, acusa a mulher de adultério. Quando o marido estava fora (testemunharam os criados), Gertrudes acolhia no seu quarto António José Ferreira, caixeiro do marido. Como sinal de presença, António José Ferreira atirava moedas à janela, e então Gertrudes abria-lhe a porta que dava entrada para o escritório. As cartas trocadas entre os amantes eram levadas por um moço de recados que foi espancado por António José Ferreira assim que se ouviram os primeiros rumores do crime. No dia de Entrudo, Gertrudes mandou toda a família e os criados para casa de um vizinho para poder receber o seu amante. Porém, uma das criadas precisou de voltar a casa e encontrou-os em «ações indecentes». Mesmo depois de presos, Gertrudes e António José continuaram a trocar correspondência, agora na cadeia do Limoeiro. As cartas foram apreendidas e nelas se insinuavam projetos de atentar contra a vida de Francisco Ferreira, o que, de facto, aconteceu: o irmão da ré, identificado como «marujo», atacou o cunhado com «huma estocada, ou punhalada, deixando-o por morto». No entanto, Francisco Ferreira escapou do que durante muito tempo se considerou ser uma «ferida mortal». Consta do processo que a ré foi absolvida por não haver provas suficientes e se supor que tudo tivesse sido urdido pelo marido. Esta carta está copiada no processo de António José Ferreira: Casa da Suplicação, Feitos Findos, Processos-Crime, Letra A, Maço 27, Número 6, Caixa 57. Esta carta foi encontrada na algibeira do colete de António José Ferreira. Porém, este disse sempre que a carta não era sua. |
Suporte | um quarto de folha de papel escrito dos dois lados. |
Arquivo | Arquivo Nacional da Torre do Tombo |
Repository | Casa da Suplicação |
Fundo | Feitos Findos, Processos-Crime |
Cota arquivística | Letra G, Maço 3, Número 12, Caixa 10, Caderno [1] |
Fólios | 299r-v |
Transcrição | Sara de França Sousa |
Revisão principal | Cristina Albino |
Contextualização | Leonor Tavares |
Modernização | Ana Luísa Costa |
Anotação POS | Clara Pinto, Catarina Carvalheiro |
Data da transcrição | 2007 |
ais
dico
inha
lhor
vantar
tendolhe
ma
Legenda: | Expanded • Unclear • Deleted • Added • Supplied |
Guardar XML • Download text • Wordcloud • Representação em facsímile • Manuscript line view • Pageflow view • Visualização das frases • Syntactic annotation