PSCR1734
1740. Carta de João Vaz para José Cerqueira Pinto, vigário.
Autor(es)
João Vaz
Destinatário(s)
José Cerqueira Pinto
Resumo
O autor queixa-se do que lhe têm feito na sua ausência e dos infortúnios que tem padecido.
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Des gde m anos
Ao senhor Vigairo
Jozpe criqueira pinto
na frga de sta mar da cabra
cão no caril porte xx
Lisboa
16 de ouitubro
de 1740 annos
Senhor compadre Recevi a De Vmce ffeita em 6 do corente
que muito estimei por nela Vre que Vmce
pesohia boa saUDe Deos lha consreve os annos do seu
Dezejo para da que me Deos fas merce desponha
dela como a sua porpia que por ora he milhor do que
mereco a Deos sempre esperando ocaziois de Vmce em
que lhe apeteca
Senhor compadre a Vmce tenho escrito
Duas Vezes des que me Vi na minha libradade
delas não teve reposta o senhor premita não seja falta de
Saude nem nesta me fala quando as recevera de que sentirei
muito Vejo o que me Dis a respeito Dos meus bens que quer a
minha pouca ffrotuna que eles chegasem andaren em
porgois em ponte de lima o mais que sinto e tenho
sentiDo em me Verem estes meus grandes amigos em hua
prizão tam grande e me poren mais o baraco para me
emflocarem e quererem comer os meus bens de graca por
modo de fruto Savendo o que eles Valem oje os
amigos são poucos mas ate não tremos a tera sobre os olhos
não podemos diZer couiza nehua que em min o tenho
eu Visto pelo muito que me ten desandado a roda mas
paciencia para com Deos ja que ele asin he servido asin
que me Dis que chegue a tera a Vontade boa he
Mas ben save Vmce que quen não trota e como eu
esteve 15 mezes em hua prizão os gastos que
ffaria e pasra como Deos hera srevido que se não
forão certos amigos os Vichos me aVião de comer
inda não tenho ajustado contas com eles mas
ando nesa diligencia e para tirar a minha centenca
Do meu libramento asin que estando corente logo me
hirei postrar ós pes de Vmce e Dralhe os
agradicimentos Da esmolas e mreces que me ten feito e fas se
eu o não souver agradecer Deos he lho Dara como
pai e sin lhe peco não se descuide e o senhor Lourenco
Domingues eu não tenho agravo dele so sin em ele
pormeter Dozentos mil reis pelas caZas e eu lhe
escrever que tomase tudo no outro por Dozentos e
trinta mil reis ele andra a gastra o Dinheiro Valdadamente nem
Siquer me respondre que ele isto prometeu a João
Frinandez do outeiro a Vista de testemunhas bastantes o que Dis de
meus compadres Visente rodriguez e meu compadre joão frinandez
Ven save vmce a Vontade deles que tomarão eles que me
não fizerão agravo nehum e sin lhe peco que lhe de
minhas saudades a minha oBrigacão para la
escrevi as novidades desta tera e que chegou a frota de
Inguelatera tudo estava muito caro agora tudo ha
De embarateser Deos querendo não quero molestra
Mais a Vmce so pedir a Deos lhe De os aUmentos
que Dezeja Amigo e Compadre De Vmce
João Vaz
Senhor Compadre Vigairo Joze
Criqueira pinto
João frinandez Se oferece a Vmce
Saudades estimou muito as suas
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