PT | EN | ES

Menu principal


Powered by <TEI:TOK>
Maarten Janssen, 2014-

Guardar XML

1735. Carta de Francisco Xavier Teixeira, funcionário dos Correios, para António Silva, meirinho da alfândega.

ResumoFrancisco Xavier Teixeira escreve ao amigo António da Silva para lhe dizer que encontrou a sua filha e contar o resultado da conversa que tiveram
Autor(es) Francisco Xavier Teixeira
Destinatário(s) António da Silva            
De Portugal, Lisboa
Para S.l.
Contexto

Este processo diz respeito ao padre João de Sousa Paiva e Amorim, natural da Vila de Barca, sacerdote do hábito de S. Pedro e escrivão da câmara do Isento de Refoios (Cabeceiras de Basto, Braga). O padre foi preso a 11 de novembro de 1735 porque se ordenara ilegalmente. Casara-se com Teresa Maria Pereira, mas ela teria cometido adultério e os dois separaram-se, se bem que não tenha havido realização judicial do divórcio. O réu decidiu ordenar-se padre ainda legalmente casado, com "reverendas falsas do Bispo de Lugo, do Reino da Galiza". A ordenação ocorreu em 1734, sendo Teresa Maria Pereira viva e estando a morar em Lisboa, pois fugira para a capital. Teresa Maria Pereira era filha de António da Silva, meirinho da alfândega e natural de Valença. A Inquisição fez várias diligências junto deste para tentar saber o paradeiro da filha em Lisboa. O pai foi chamado ao Santo Ofício para ser interrogado e disse que recebera uma carta (que não consta do processo) de sua filha de Lisboa, sem indicação da morada, e que nessa carta ela pedia ao pai para lhe confirmar a notícia de que seu marido, João de Sousa Paiva e Amorim, se tinha ordenado padre. Nessa mesma carta, Teresa Maria Pereira pedia ao pai que respondesse por via de Francisco Xavier. Assim aconteceu. O Santo Ofício continuou a insistir com António da Silva para que localizasse a filha em Lisboa. A carta aqui transcrita, que recebeu de Francisco Xavier (natural de Valença, funcionário dos correios em Lisboa), a dar notícias de Teresa Maria Pereira, foi entregue à Inquisição de Coimbra, tal ficara combinado. O réu, João de Sousa Paiva e Amorim, foi condenado ao degredo por 4 anos, para o Bispado do Porto, e foi proibido para sempre de exercer o cargo religioso de padre das ordens que recebera.

Suporte meia folha de papel dobrada escrita no rosto e verso
Arquivo Arquivo Nacional da Torre do Tombo
Repository Tribunal do Santo Ofício
Fundo Inquisição de Coimbra
Cota arquivística Processo 6275
Fólios 29r-v
Transcrição Ana Guilherme
Revisão principal Clara Pinto
Modernização Catarina Carvalheiro
Anotação POS Clara Pinto, Catarina Carvalheiro
Data da transcrição2009

Selecionar o formato de download

Pure TEI P5 XML
TEITOK XML