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1727. Carta de José de Moura, mestre de gramática, para [um membro da Inquisição de Coimbra].

ResumoJosé de Moura escreve da prisão uma confissão e pede misericórdia
Autor(es) José de Moura
Destinatário(s) Anónimo343            
De Portugal, Porto
Para S.l.
Contexto

José de Moura, mestre de gramática, natural de Vila Real e morador em Vila Nova de Gaia, foi réu neste processo de bigamia. O processo envolveu também Maria Teixeira de Oliveira, que casou primeiro com Francisco Rodrigues, mas o marido partira para Lisboa 10 ou 12 anos antes. A mulher criou amizade com José de Moura e confessou-o a um padre, Domingos Delgado. Segundo ela, José de Moura começou-a a “obrigar para se casarem”, no que ela não consentiu, por não ter a certeza de que o marido "era morto". Todavia, Maria Teixeira de Oliveira dependia de José de Moura, e ele batia-lhe e ameaçava-a de morte. Mais tarde, o réu apresentou uma falsa certidão do óbito de Francisco Rodrigues, e ela viu-se obrigada a casar. José de Moura proibia-a de se confessar, o que ela fazia às escondidas, e aconselhava-a a ser feiticeira, porque era o modo de conseguirem sustento. José de Moura também foi acusado pela mulher de ser um homem "de vida perverse”. Foi condenado pelo pecado de bigamia a 5 anos de degredo para Mazagão, mas a pena foi comutada e o réu teve de cumprir quatro anos de degredo em Faro.

Suporte meia folha de papel dobrada escrita no rosto e no verso
Arquivo Arquivo Nacional da Torre do Tombo
Repository Tribunal do Santo Ofício
Fundo Inquisição de Coimbra
Cota arquivística Processo 7184
Fólios [49r-v]
Transcrição Ana Guilherme
Modernização Catarina Carvalheiro
Anotação POS Clara Pinto, Catarina Carvalheiro
Data da transcrição2009

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