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Maarten Janssen, 2014-
Resumo | O autor dá várias notícias ao tio, entre as quais a da morte da mãe dele, sua avó, e a de um tio, Luís Aires, e informa-o sobre questões de dinheiro, sobre os negócios de ambos, sobre comércio e esmolas que quer fazer. Pede-lhe ainda que lhe escreva sempre que algum navio partir da Bahia, pois há muito que a sua família não recebe novas dele, estando todos preocupados. Agradece-lhe o envio de vários alimentos, que afirma ter distribuído pelos familiares. Notifica-o ainda sobre as prisões, pela Inquisição, de várias pessoas de Castelo Branco. Tendo, entretanto, recebido uma carta do tio, acrescenta os seus agradecimentos pela missiva e descreve a alegria de todos pelas notícias recebidas. |
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Autor(es) | Manuel Mendes Cunha |
Destinatário(s) | Manuel Mendes Monforte |
De | Portugal, Lisboa |
Para | Brasil, Bahia |
Contexto | O réu deste processo é Manuel Mendes Monforte, médico de Castelo Branco, morador na Bahia, preso pela Inquisição de Lisboa por judaísmo em 1721. Entre 1710 e 1711, muito antes de Manuel Mendes Monforte ter sido preso, houve uma vaga de prisões de cristãos-novos em Castelo Branco. Assim o conta Manuel Mendes Cunha, seu sobrinho, nas cartas que se encontram ao processo do seu tio. Entre os prisioneiros por ele mencionados, contam-se Lázaro Rodrigues Pinheiro, Ana e Álvaro Rodrigues, entre outras pessoas cujo testemunho serviria para acusar Manuel Mendes Monforte. Para evitar serem presos, Manuel Mendes Cunha e os seus irmãos tinham-se apresentado na mesa do Santo Ofício, confessando voluntariamente, pelo que foram mandados para casa até nova ordem, escapando, desta forma, à prisão. Assim se pode provar dos processos de Manuel Mendes Cunha e dos seus irmãos, Maria Teresa e António Mendes da Cunha, e da carta PSCR1610. No entanto, uma outra irmã deles, Juliana Maria, foi presa por 22 meses, como dá conta Manuel Mendes Cunha na carta PSCR1609, datada de 1713, na qual fala do seu regresso. Nesta carta, o jovem também se queixa da desgraça em que caíra a sua família, com falta de dinheiro para pagar dívidas e com os negócios a correr mal, algo de que este já se adivinhava em 1711. As três cartas que se encontram no processo de Manuel Mendes Monforte, da autoria do seu sobrinho, provavelmente foram nele apensas para servirem de prova, talvez confirmando as afirmações feitas pelo réu no seu inventário, já que existem menções a finanças sublinhadas numa das cartas, ou talvez por conterem informações sobre pessoas que então se encontravam presas pelo Santo Ofício e sobre o próprio réu. |
Suporte | sete meias folhas de papel não dobradas escritas em ambas as faces. |
Arquivo | Arquivo Nacional da Torre do Tombo |
Repository | Tribunal do Santo Ofício |
Fundo | Inquisição de Lisboa |
Cota arquivística | Processo 675 |
Fólios | 49r-55v |
Online Facsimile | http://digitarq.arquivos.pt/details?id=2300553 |
Transcrição | Maria Teresa Oliveira |
Contextualização | Maria Teresa Oliveira |
Modernização | Raïssa Gillier |
Anotação POS | Raïssa Gillier |
Data da transcrição | 2017 |
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