O autor, que tinha sido alvo de um roubo e do qual já havia sido parcialmente ressarcido, apresenta queixa ao juiz de fora, referindo que muitos outros bens ficaram por resgatar.
[1] | que o dinheiro do robo que me foi feito
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[2] | e que judicialmente foi aprihendido
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[3] | pelas sabias e activas providencias que
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[4] | VSa deu me foi intregue, e com ifeito o recebi;
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[5] | porem aviriguando miudamente o todo de
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[6] | robo que se me fez, acho que secenta a setenta
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[7] | moedas de quatro mil e oitocentos reis
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[8] | cada huma que tinha guardo na minha
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[9] | papeleira das mezadas de meu beneficio,
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[10] | tambem forão robadas e não aparecerão
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[11] | e nesta quantia me acho lezado; assim
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[12] | como as doze peças de sette mil quinhentos
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[13] | reis que eu declarei que tambem não apa
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[14] | recerão, e os cordoins de ouro que tinha
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[15] | empenhados de que era dono o Hortalão
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[16] | Pedro Roiz Taveira, o qual poderá
de
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[17] | clarar o seu valor, e mais faltarão todas
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[18] | as otras peças de ouro que tambem de
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[19] | clarei; achando agora a falta de humas fivelas
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[20] | de prata de calção com xarneira
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