Joaquim Simplício injuria e ameaça o destinatário da carta por este se ter recusado a auxiliar o seu irmão.
[1] | he elle criminozo? Não tem resposta a dar-me? Olhe
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[2] | que quem lhe fáz esta progunta he irmão de
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[3] | Estevão, e he aquelle que só busca de hoje em di
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[4] | ante ocazioens de o vêr: voce trema de o ouvir em
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[5] | o seu justo recentimento, calado tenho estado the hoje
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[6] | não me pizasse, não offendece meu irmão, se bem que eu
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[7] | já o devia ter procurado para lhe fazer serta progunta,
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[8] | e fazer-lha deveras, porem hoje tudo se ajunta.
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[9] | Voce que tem enchido de ignomia os meus paren
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[10] | tes: voce tem dado que falar a esse bairro todo: voce
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[11] | tem dislustrado a delicadeza com que se falava dos
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[12] | meus. Responda-me a mim não teve voce vergo
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[13] | nha de aparecer a Estevão? e não tem voce vergonha
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[14] | quando aparece aos meus, e quando lhe aparecer: eu
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[15] | lhe o proguntarei: entre elle, e voce não há con
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[16] | fuzão de qual seja o réu, voce bem o sabe, e sai
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[17] | ba que a capa de hypocrita com que sempre
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[18] | voce se cobrio he transparente e não o cobre a
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[19] | meus olhos. Que pode voce arguir a Estevão
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[20] | por concelhos seus he que minhas Tias, etc etc
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[21] | etc etc etc etc etc lançarão mão de nós os err
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