Francisco Carvalho, marinheiro, escreve do Estado da Índia, da Ilha de Moçambique, comunicando à mulher que está vivo.
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Jesus Maria Juzephe
por se ofereser esta oChazião não
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[2] | quis deixar de fazer estas duas reg
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[3] | ras pa q
saibais que eu indo sou
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[4] | vivo suposto que eu vos não hes
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[5] | Crivi na Caravela em que eu vim
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[6] | foi porque
eu estava em tera
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[7] | de moiros agora
querara Des
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[8] | que eu va em outro pataxo que vai
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[9] | atras desta Caravela
asim quere
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[10] | ra des que pesuais
a saude que es
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[11] | te voso marido vos dezeja em Com
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[12] | panhia de meus filhos eu de sa
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[13] | ude fico mas ben me pude
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[14] | reis vos esCrever nesta Carave
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[15] | la
a india não tem que dar
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[16] | di si eu eu de fazer mto por me
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[17] | tirar dela sabereis Como me
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[18] | u irmão he morto moreo no
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[19] | espital de goa não pasiou ma
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[20] | is q dezoito dias qua falei Com
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[21] | o condeestavel da Caravela que
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[23] | porq era grande amigo de noso Compader antonio de Carvalho
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[24] | asim que lhe dareis mtos recados e a nosa comadere a todos e a to
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[25] | dos que
por min perguntarem qua me dise meu irmão, que
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[26] | manoel que ja hia a esCola querera des darlhe intendimto
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[27] | pa ser gente
asim que a minha bemsão e a de des os Cubra e da
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[28] | minha filha não me dizeis nada e tambem tomara saber
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