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Maarten Janssen, 2014-

Linhas do facsímile

1797. Carta de Manuel José Ribeiro Pontes, padre, para Simão de Santa Ana, frade.

Autor(es)

Manuel José Ribeiro Pontes      

Destinatário(s)

Simão de Santa Ana                        

Resumo

O padre Manuel José Ribeiro Pontes escreve a frei Simão de Santa Ana a contar a conversa que teve com mais três religiosos sobre o tema do livre arbítrio e a perguntar se tinha a obrigação de denunciar o que lá ouviu. A resposta é escrita no espaço deixado livre pelo autor (ver CARDS2034).
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[1]
tinha aind estava ainda com os furores da aula;
[2]
mas eu com isto não socego; ainda q este tal Padre q
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me deo esta resposta, he de boma vida, e instrui-
[4]
do, e á quem eu mtas vezes me confesso; comtudo
[5]
o modo com q o outro proferio as propoziçoens, não o
[6]
julgo por modo de argomento; comtudo a favor do pro-
[7]
ferente me lembra, se não seria com espirito he-
[8]
retico, ou por não entender o q dizia, ou por não
[9]
reparar bem no q dizia; e tambem por dizer is-
[10]
to na prezença de dous Relligiozos, e em Lu-
[11]
gar aonde podião outros ouvir porq era em
[12]
humas escadas do corredor; e tambem porq qdo
[13]
se lhe disse q o q elle dizia era contra o concilio,
[14]
parece-me q não instou; e tambem qdo se lhe
[15]
disse a respto do peccado Original, q todos nos ha-
[16]
viamos de perder, ainda sem outros peccados,
[17]
tambem me parece q não contradisse; ainda q
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não sei se o elle calar-se será bom, se máo sinal.
[19]
Quero me faça o favor de me mandar dizer se tenho
[20]
obrigação de denunciar, e com brevidade porq se aca-
[21]
ba o tempo. Minha Irmãa tem passado mal, mas

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