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Maarten Janssen, 2014-

Linhas do facsímile

1831. Carta de Maria do Rosário para o marido, António Fernandes, vendedor de mechas.

Autor(es)

Maria do Rosário      

Destinatário(s)

António Fernandes                        

Resumo

A autora diz ao seu marido, preso, que vai pôr-se a caminho para o ir ver.
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[1]
Meu Anto do Coração

Pego ou mando escrever pa sucegar o meu

[2]
Espirito pois tão dezocegado anda despois
[3]
tu faltares a tua caza hoje 12 dias despois
[4]
que tu fostes daqui sem saber adonde tu estas
[5]
agora que me davão a triste noticia q estavas
[6]
Prezo emgonoro a cauza sem saber qual se
[7]
foi pr dezordem ou pr falta de algua couza
[8]
q te pedisse as cortiças; Eu e nosso fo esta-
[9]
mos dezejando a tua Ca pr mumentos pois
[10]
bem sabes q não temos outro Esteio, senão
[11]
tu. Asim q me derão a triste noticia
[12]
de semelhante couza fiquei Traspedissima
[13]
sem siria algua deramando mtas Lagrimas
[14]
lastimando a ma Negra penna e na situa
[15]
são em q me acho. Agora q tenho Portador
[16]
pa essa Terra mando esta pa verdadeiramente
[17]
saber o q hei de fazer ou a qm hei de hir falar
[18]
pa com efeito sabermos o q avemos de fazer
[19]
Ahi vai essa carta com esta q de João
[20]
Mexieiro pois tu o bem conhesses pois este
[21]
q me deu esta boa notiçia. Eu estou
[22]
pronta a porme a Camo e deixar o pequeno
[23]
em alguma pte e hir a tua procura, o mmo
[24]
tempo hir pedindo hua Ezmolla pr Amor
[25]
de Deus pelos os Fieis pr te ver e e junttamte ir

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