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Maarten Janssen, 2014-

Linhas do facsímile

1822. Carta de autor desconhecido para Francisco de Santa Rosa de Viterbo Moreira Braga, padre.

ResumoO autor dá notícias ao destinatário, deseja a sua liberdade e pede-lhe que escreva com maior frequência.
Autor(es) Anónimo260
Destinatário(s) Francisco de Santa Rosa de Viterbo Moreira Braga            
De Portugal, Braga
Para Portugal, Lisboa, Convento de São Francisco
Contexto

O réu deste processo é um padre franciscano: o padre Francisco de Santa Rosa de Viterbo Moreira Braga, preso na cadeia do Aljube. Nos primeiros meses de 1822 a Constituição ainda não fora assinada (só o seria a 23 de Setembro), mas desde o pronunciamento de 24 de Agosto de 1820 o sistema político começara a mudar e a concentrar-se nas mãos dos liberais. Esta situação parecia não agradar ao padre Francisco Braga: este utilizava os sermões das missas que celebrava, em diferentes igrejas, para atacar a regeneração e constituição políticas, a maçonaria, e alertar para a proliferação de sociedades secretas, a conversão de todos os portugueses em pedreiros-livres, as revoltas no Brasil, etc. Algumas cartas incluídas no processo seriam de amigos seus, que lhe escreveram para a prisão. No entanto, vários textos parecem ter sido escritos pela mão do réu.

Arquivo Arquivo Nacional da Torre do Tombo
Repository Casa da Suplicação
Fundo Feitos Findos, Processos-Crime
Cota arquivística Letra F, Maço 7, Número 18, Caixa 18, Caderno ?
Fólios 338r-v
Transcrição Cristina Albino
Revisão principal Rita Marquilhas
Contextualização Cristina Albino
Modernização Raïssa Gillier
Anotação POS Clara Pinto, Catarina Carvalheiro
Data da transcrição2007

Page 338r > 338v

[1]
Rmo Sr Braga
[2]
Braga 23 de Maio de 1822
[3]

Rce a sua de 18 que todos estimamos,

[4]
sim sentimos ainda a sua sujeissão
[5]
D N S permita a sua liberdade
[6]
estranhamos mto não nos mandar no
[7]
ticias do capitolo do convento; hoje
[8]
aqui corre a noticia que o Gam do Porto
[9]
ficou provincial e Fr Anto defenidor
[10]
mandonos dizer se elle o procurou
[11]
qdo chegou a essa.
[12]
Sabera que Manoel dos Terras. cazou
[13]
com a irmam do benefeciado Fonca
[14]
da rua do Santo mas o do benefeciado
[15]
esta pa dar contas a D o Mel se dotou
[16]
com 200 mil cruzados, e ella 40 mil cruzados
[17]
e elle emdependente do negocio; aqui
[18]
se botou huma finta chamada Ferro
[19]
lho por orde do governo a mim me bo
[20]
tarão 400 rs os mais a porpoção e se bay

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