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Maarten Janssen, 2014-
Resumo | O autor comunica ao destinatário que não o deixará mais cultivar as suas terras. |
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Autor(es) | João António Lisboa |
Destinatário(s) | António dos Santos |
De | Brasil, Maranhão |
Para | Brasil, Maranhão |
Contexto | O capelão de Cururupú, o Reverendo António Vidal Ferreira Pinto, foi denunciado em 1813 por um lavrador inimigo, José Gonçalves Castelhano, enquanto culpado de uma série de crimes. O réu foi acusado de viver "escandalosamente amancebado durante mais de nove anos com Faustina Teresa, mulher casada com o alferes António dos Reis", e ainda "concubinado de portas adentro com a preta forra Maria Benedita." Disse-se ainda que era "muito remisso na administração dos sacramentos, como aconteceu com um homem branco, filho de Portugal, e com uma escrava chamada Iria do Padre António Alves Domingues", e também "um refinado negociante." Dava "conto e asilo a homens facinorosos e degredados, como um João Alves, homem de tão péssimo caráter que tem chegado a forçar algumas mulheres, dado pancadas" e era "costumado a apanhar cartas alheias para as abrir e ler e, por este meio, descobrir os segredos das famílias e dos particulares." Fazia "um notório e sórdido monopólio dos mesmos sacramentos, não batizando senão por mil e seiscentos réis, quando a esmola que recebe o pároco não excede a quatrocentos réis, e não assistindo ao sacramento do matrimónio sem que lhe deem três mil e duzentos réis." O autor do processo, no entanto, acusou também o dito padre de um crime mais banal. A 25 de setembro de 1812, o padre teria cometido contra si um "rigoroso furto": o roubo de um boi de carro, mandando-o matar "por dois dos seus agregados, com o pretexto de que tinha ido à sua roça", fazendo com que se enterrasse o coiro e a cabeça do animal "para que se não descobrisse o malefício" e conduzindo a carne para sua casa. Ao fim de um processo criminal que durou 6 anos, o capelão acabou absolvido. |
Suporte | meia folha de papel dobrada, escrita nas duas últimas faces; a carta ocupa o espaço livre daquela a que responde. |
Arquivo | Arquivo Nacional da Torre do Tombo |
Repository | Casa da Suplicação |
Fundo | Feitos Findos, Processos-Crime |
Cota arquivística | Letra J, Maço 3, Número 17, Caixa 11 |
Fólios | 331r-v; 332v |
Socio-Historical Keywords | Rita Marquilhas |
Transcrição | Cristina Albino |
Revisão principal | Rita Marquilhas |
Contextualização | Rita Marquilhas |
Modernização | Rita Marquilhas |
Anotação POS | POS automático |
Data da transcrição | 2007 |
Page 331r | > 332vr |
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