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Maarten Janssen, 2014-

Linhas do facsímile

1727. Carta de José de Moura, mestre de gramática, para [um membro da Inquisição de Coimbra].

Autor(es)

José de Moura      

Destinatário(s)

Anónimo343                        

Resumo

José de Moura escreve da prisão uma confissão e pede misericórdia
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e Mais Comfeso e acuzome que tinha Comverças Com
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hum engles q blafamava e dezia mtas palavras
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Contra a nosa Sta fee e eu lhas ouvia e consentia
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em tudo no que elle dezia por me não por com elle a
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defendella por eu ser emCapAs emCapas diso
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e elle ser hum homem q parecia ser doudo
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e por alguas palavras que eu ouvia deste tal
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faramengo emtendia que elle Cuidava que eu
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queria viver na lei em que elle falava
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no que se enganava Como doudo q me parecia
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E Chamandome este varias vezes a sua caza me de
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zia que elle queria governar o mundo e que
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deos no seu e elle na terra e me não fiace eu
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no pe santto q hera hum homem emgana
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dor e que se eu quizece viver na sua lei que
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elle apontava que foce a sua caza que elle mo
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deria e eu comfeço que lhe ouvia tudo e me
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deixava ficar donde elle por me ver Calado
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Cuidava que eu ficava pello que elle dezia
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e o que tudo aqui Comfeço ter ouvido mas
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deClaro que não ofendia a Sta fee e todas
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as mais couzas q ouvi q me não Lembra todas
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aqui ei por expresas e declaradas Como que
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se de cada hũa dellas fizera expacifica men
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sam e de tudo o que tenho ouvido emthe o dia
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de hoje peso a VSa mizericordia pois em
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nada disto concentia pa ofender a Sta fee
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E declaro que o tal emgles Chamavan Joam
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Listau

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hoje portto 17 de setbro de 727 a
[31]
Eu me asigno; com o meu signaL
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Jozeph de Moura

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