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Maarten Janssen, 2014-

Linhas do facsímile

1698. Carta de Francisco Rodrigues Preposito, mestre de meninos, para o Capitão João Gago Raposo, comissário do Santo Ofício.

ResumoO autor denuncia um boieiro judaizante ao destinatário.
Autor(es) José Rodrigues Preposito
Destinatário(s) João Gago Raposo            
De Portugal, Beja, Quintos
Para Portugal, Beja
Contexto

Carta de denúncia escrita por Francisco Rodrigues Preposito, mestre de meninos, morador na aldeia de Quintos, de 62 anos. Foi endereçada ao capitão João Gago Raposo, familiar do Santo Ofício.

Dentro do fundo do Tribunal do Santo Ofício existem as coleções de Cadernos do Promotor das inquisições de Lisboa, Évora e Coimbra. O seu âmbito é principalmente o da recolha de acusações de heresia. A partir de tais acusações, o promotor do Santo Ofício decidia proceder ou não a mais diligências, no sentido de mover processos a alguns dos acusados. Denúncias, confissões, cartas de comissários e familiares e instrução de processos são algumas das tipologias documentais que se podem encontrar nestes Cadernos. Quanto ao crime nefando e à solicitação, são culpas que não estão normalmente referidas nestes livros.

Suporte meia folha de papel dobrada, escrita nas duas primeiras faces e com o sobrescrito na última.
Arquivo Arquivo Nacional da Torre do Tombo
Repository Tribunal do Santo Ofício
Fundo Inquisição de Évora, Cadernos do Promotor
Cota arquivística Livro 246
Fólios 258r, 260r-v
Socio-Historical Keywords Rita Marquilhas
Transcrição Rita Marquilhas
Revisão principal Cristina Albino
Modernização Rita Marquilhas
Anotação POS Rita Marquilhas
Data da transcrição2000

Page 258r > 258v

[1]
Senor Capittãm Joãm gago Rapozo
[2]
meu Amo e senor

esttimarei que Vm logre ttãm per

[3]
feitta saude Como Vm dezeja
[4]
novas destte seu Criiado sãm es
[5]
ttar emCapas de lhe ir beigar
[6]
as maus Como hera minha obri
[7]
gasãm senor sabera Vm que se
[8]
mdo em quimtta feira do Core
[9]
mtte 17 veio hum homen A mi
[10]
nha Caza meu amigo por nome
[11]
Joãm balttistta que foi boiero
[12]
estte ano de nouittel de Campos
[13]
vimdo o homen frio e fora de seu
[14]
emttemdimentto do Cauzo que
[15]
lhe avia aComttesido eu lhe per
[16]
gumttei que tinha hele me Res
[17]
pomdeo que se eu lhe gardase
[18]
hum segredo que hele me diria
[19]
a verdade que hum boiero que
[20]
ttiverãm o ano pasado aprem
[21]
dera muittas Couzas que hele e os
[22]
seus nãm Comiãm Couza que xhe
[23]
gase a fogo por gardarem a sua
[24]
lei e que nos que viviiams nu
[25]
m Rudeza porque seravam
[26]
hum pao e que adoravamos
[27]
nese que nos iamos Comfesar
[28]

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