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Maarten Janssen, 2014-

Linhas do facsímile

1818. Carta de José Joaquim da Silva Leitão, presbítero secular, para Luís António de Novais Coelho, presbítero secular.

ResumoO autor confirma junto do destinatário que sabe de certas falsidades que foram proferidas a propósito de uma contenda.
Autor(es) José Joaquim da Silva Leitão
Destinatário(s) Luís António de Novais Coelho            
De Portugal, Tomar, Pedrógão Grande
Para Portugal, Lisboa
Contexto

Joaquim de Paiva, na sequência de um processo de vingança, foi acusado dos delitos de resistência e motim. O caso começou quando o juiz ordinário da Vila de Monsanto, Joaquim José da Silva, e seu irmão, Filipe Joaquim da Silva, bem como António Joaquim Henriques de Paiva, mataram ou mandaram matar um touro que os lavradores da vila tinham comprado para cobrir as suas vacas e multiplicarem a criação do gado, com interesse geral do povo. Morto o touro, o juiz, como se dele fosse dono, repartiu a carne como bem entendeu. Os lavradores queixaram-se ao outro juiz da mesma vila, pedindo uma indemnização. Como reação, Joaquim José da Silva maquinou uma falsa certidão, queixando-se dos ditos lavradores, entre os quais, Joaquim de Paiva. Afirmou que os lavradores, armados de paus e com vozes amotinadoras, andavam pelas ruas aos empurrões e espancavam quem não queria segui-los, isto apesar de ninguém ter aparecido a queixar-se de ter sido agredido. A certidão seguiu para o juiz-de-fora de Penamacor, António José Monteiro de Seixas, que tomou conta do caso. Para suas testemunhas, Joaquim José da Silva e seu irmão terão subornado umas 'mulheres prostitutas', que não foram consideradas dignas de crédito por serem 'infames', bem como outras pessoas designadas de 'abjectas e dependentes do juiz'. Tudo isto o réu, Joaquim de Paiva conseguiu provar, pelo que foi absolvido. As acusações foram retiradas.

Suporte meia folha de papel dobrada, escrita na primeira face e com sobrescrito na última
Arquivo Arquivo Nacional da Torre do Tombo
Repository Casa da Suplicação
Fundo Feitos Findos, Processos-Crime
Cota arquivística Letra J, Maço 224, Número 24, Caixa 590
Fólios 13r
Socio-Historical Keywords Rita Marquilhas
Transcrição Leonor Tavares
Revisão principal Rita Marquilhas
Contextualização Leonor Tavares
Modernização Rita Marquilhas
Anotação POS Clara Pinto, Catarina Carvalheiro
Data da transcrição2007

Page 13r

[1]
Pedrogam
[2]
22 de Agosto
[3]
Amo do C

Recebi os Seguros os quaes estam entregues

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daquella fulminada rezistensia, eu pe
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ssoalmte vi, e perzensiei tudo, porq estava
[6]
em Monsto na verde maior falside nam se
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, emfim todos sabem tudo foi moti
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vado por aquelles q querem serem gran
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des em Monsto ja q na sua terra nunca
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na sua terra foram nada, a disgra
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cia de Monsto e a ruina dos nacionaes,
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emfim sua mce conhesse mto bem estas Bes
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tas. Aqui me pediram, e disseram dois dos Cul
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pados quizesse mandar dizer a Vmce pa Vmce
[15]
mandar dizer q dinro recebeo pelo proprio q
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mandaram pa saberem se intregou tudo, ou
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nam. Estimo a sua saude, Eu, e meos Mannos
[18]
bons, e nos offressemos no seo Cerviço, e aDs q
[19]
nam tenho tempo pa mais, está o Coro a espera

[20]
E sou todo seo sem rezerva
[21]
Joze Joaqm da Sa Ltam

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