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Maarten Janssen, 2014-

Linhas do facsímile

1823. Carta de de Mário, religioso dominicano, para frei António de São Tomás Carreno, religioso dominicano.

ResumoO autor dá instruções a respeito da transferência e salvaguarda dos seus pertences existentes na sua cela e em outros espaços daquele convento, enquanto se encontra ausente.
Autor(es) Mário
Destinatário(s) António de São Tomás Carreno            
De S.l.
Para S.l.
Contexto

O Convento de São Domingos de Lisboa foi fundado por D. Sancho II no ano de 1241 nos então arrabaldes da capital do reino. Esta instituição seguia a regra da Ordem dos Pregadores (Dominicanos) e as suas instalações sofreram severos danos com o terramoto e o incêndio subsequente. A sua reconstrução esteve a cargo de Carlos Mardel, bem como de Manuel Caetano de Sousa.

A "Reforma geral eclesiástica" empreendida ao abrigo do Decreto de 30 de Maio de 1834, ditou a extinção de todos os conventos, mosteiros, colégios, hospícios e casas de religiosos de todas as ordens religiosas, vindo o seu património móvel e imóvel a ser incorporado ao Estado.

Esta carta integra uma miscelanea documental, mais concretamente um rol de correspondência (1777-1829) adveniente, muito provavelmente, do seu cartório. Aqui se contam vários exemplares dirigidos a frei José da Mãe de Deus, procurador do convento e a frei Leocádio do Rosário e Silva, síndico de São Domingos. Revoltado com a ausência de resposta e preocupado com o destino dos bens que deixou naquele convento, o autor assinala e chama a atenção para uma série de circunstâncias, deixando no ar a ameaça de escrever para instâncias superiores. A presente carta deixa entrever um conflito interno pelo destino dos seus pertences, assim como no respeitante à ocupação dos espaços que lhe tinham estado reservados.

Suporte um quarto de folha de papel de carta dobrada escrita em todas as faces.
Arquivo Arquivo Nacional da Torre do Tombo
Repository Documentação de conventos por identificar
Cota arquivística Caixa 6
Fólios [1]r-v
Socio-Historical Keywords Ana Leitão
Transcrição Ana Leitão
Revisão principal Raïssa Gillier
Contextualização Ana Leitão
Modernização Raïssa Gillier
Anotação POS Raïssa Gillier
Data da transcrição2016

Page [1]r > [1]v

[1]
Em 2 de
[2]
Agosto de 1823
[3]
Amo Fr Ant

Longe da vista, longe do coracao, he jus

[4]
tamente o que em você se verifica a
[5]
meu respeito, escrevo-lhe continuamte, pa
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gando aqui o porte para nao sobrecarregar
[7]
com despezas q nao tem obrigaçao de fa
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zer, e nem assim tira um bocadinho de
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tempo pa responder a hum deportado
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q he verdadeiramte seu Amo. paciencia
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Vai Franco Pedro e leva ordem pa remover
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todos os meus trastes q estao na
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salla pa as Aguas Furtadas; excepto o ca
[14]
mape a Banca, e commoda q não cabem
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pela Escada; eu dezejaria bem q voce ti
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vesse onde aos recolhesse pa nao sairem
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pa fora; logo q esteverem em cima feche
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a porta e nao entregue a chave; ainda
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que arrombem a porta: o Snr Fr Joze ca
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etano, aqui me mandou pelo olivença
[21]
hum recado vocal pa eu lhe ceder as
[22]
Agoas Furtadas; diga-lhe em resposta
[23]
q os meus trastes se achao e que eu

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