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Maarten Janssen, 2014-

Linhas do facsímile

1567. Carta de Diogo Gomes, [mercador], para Rui Lopes, médico.

ResumoO autor justifica um atraso de pagamento e transmite diversas notícias que lhe chegaram de Portugal.
Autor(es) Diogo Gomes
Destinatário(s) Rui Lopes            
De Flandres, Antuérpia
Para Inglaterra, Londres
Contexto

Esta carta integra a coleção Corpo Cronológico, fundo documental à guarda do Arquivo Nacional da Torre do Tombo. Trata-se de uma coleção principalmente composta por documentação de cariz judicial e administrativo, que abarca o período entre 1161 e 1696, à qual foi acrescentado um vasto conjunto de material disperso na sequência do terramoto de 1755. A datação dos documentos é critério principal de organização do Corpo Cronológico, assim chamado pela mesma razão.

De acordo com a presente carta, Diogo Gomes seria mercador, residente em Antuérpia. Nesta época, conhece-se a existência em Londres de um Rui Lopes, médico de origem judaica, depois convertido ao cristianismo, que foi médico da Rainha Isabel de Inglaterra. Este homem foi acusado de ser espião a soldo de Filipe II de Espanha e condenado à morte.

Suporte uma folha de papel, escrita em ambas as faces.
Arquivo Arquivo Nacional da Torre do Tombo
Repository Corpo Cronológico
Fundo Parte I
Cota arquivística Maço 108, Documento 67
Fólios [1]r-[1]v
Online Facsimile http://digitarq.arquivos.pt/details?id=3781763
Socio-Historical Keywords Tiago Machado de Castro
Transcrição Tiago Machado de Castro
Revisão principal Catarina Carvalheiro
Contextualização Tiago Machado de Castro
Modernização Catarina Carvalheiro
Data da transcrição2015

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[1]
anberes a 21 de julho 1567
[2]
Snor

não me de culpas adar nesta parte ao sor antonio gomez q ate

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q aja materia ao poder fazer a parte he nesecario q não lhe
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page dro de partes supsalemte a rezão pr q não são tronados os
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da de torna viagem q sendo o fizera e perq as partes
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da posta fazia a sua q servia tãben para vm
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de minha chegada e robo de vosa de minha casa- nesta
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direi q as novas q ao psente tenho de purtugal são
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q este ano van a mina mais q hũa caravela q he
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ja partida e isto so gente perquãto ai quẽ quei
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ra la ir per amor do cardeal q lhes toma a todos
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as fazendas- e a armada q la esta feita dizem per
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serteza q he para o estreito e argel perq ẽtra nela
[14]
x gales são per todas 12 velas quiserão dizer q
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a vindo para bisquaia a gradar elrei para a
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careira das imdeas dizẽ q partira de la

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q fique frio perq ate q saiba a sertesa de q

[18]
pouqua de fazenda q tenho e outra tenho de me
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me poso detriminar per pedir de nĩgẽ
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oje se darã esas cartas q vierão q ate agora he
[21]
andado per elas saberei aserca de mi perq ate
[22]
o saber me detriminara ja nada pois q o tenpo esta
[23]
na mão segundo diz o sr j pmo p a sua ai creo lhe
[24]
daria esta hũas de sua casa q são vimdas per mar
[25]
e logo as vou busquar a nao aonde estã ainda
[26]
vm lhe pesa alvisaras delas antes q lhas de e seija
[27]
para anbos e dai quero mais q vesti
[28]
do de lh ½ @- q he bem pouquo

[29]

mõtesynhos q ten qua sobrinho mto onrado e

[30]
ẽcomẽde o qual me tẽ dito q se

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