PT | EN | ES

Menu principal


Powered by <TEI:TOK>
Maarten Janssen, 2014-

Linhas do facsímile

1558. Carta de Inês Batista para Jorge Pinto, seu filho.

Autor(es) Inês Batista      
Destinatário(s) Jorge Pinto      
In English

Family letter from Inês Batista to her son, Jorge Pinto.

The author makes several recommendations to her son, and complains that he does not follow her advice.

The defendant in this process is Jorge Pinto, scribe of the king's galleys, accused of bigamy by the Inquisition of Lisbon. According to several testimonies, Jorge Pinto married Catarina Lourenço when his galleys spent some time in Tavira. According to another group of witnesses, he married Isabel Ferreira when he later returned to Lisbon. Before the Inquisition, the defendant always said that his marriage to Catarina Lourenço was never consummated. This is something, however, that the letters included in the process deny.

If there is no translation for the letter itself, you may copy the text (while using the view 'Standardization') and paste it to an automatic translator of your choice.

Page 29r > 29v

[1]
[2]
[3]
Filho

Muyto follguey sy hũa carta que me derão vosa por saber

[4]
novas de vos porque vos fostes de moura tam depresa
[5]
q nũca me mãdastes dizer ho que la pasastes q me mãdou
[6]
dizer vosa yrmã muyto me memquorya de vos q não estive
[7]
ses ahi mais q dia rogandovos eu muyto q estiveses
[8]
ela simquo ou seis dias/ mas pareseme q nũqua neste mundo
[9]
follgastes de me fazer a vontade em nada que seya
[10]
como vos quyzerdes qamto he ao que me mãdais dizer
[11]
q estais malldesposto duma perna pesame muyto diso
[12]
noso sor vos de muyta saude asi como eu deseyo qamto he ao q
[13]
me mãdais dizer dese neguosio desa molher q me vos tinhãs
[14]
dado cõta iso vereis vos la se vos vem bem e se he cousa pa des
[15]
quamsardes bem creyo eu q sera ela de boa gente e muyto
[16]
omrada mas todavia folgarey eu que teveses vos cousa en
[17]
q desquamsases e como iso fose cousa boa não tinhãs vos nesesidade de minha lisemsa q eu seria cõtemte do que vos foses
[18]
aguora olhai vos la o que vos cumpre q ya aguora tendes idade
[19]
pa iso/ qamto he do voso neguosio q me mãdastes dizer/ que
[20]
qua deixastes em poder de pero frz o escrivão da rainha
[21]
não vos paresa q me esquese quantas vezes lho vou a
[22]
lembar/ e aguora muyto milhor ho poso fazer porque
[23]
paso pola porta porque se mudou vosa irmã p ahi mas
[24]
segumda fra lhe falei e apertey tamto ele q me
[25]
disese se avya d emtrar a rainha sedo nese despacho e
[26]
le me dise q sedo e dahi não sei o que sera/ eu follgaria tamto
[27]
como vos e mais ainda/ a carta que me mãdais pedir
[28]
de dona ana/ loguo mãdey aquele dia que la fuy/ vos
[29]
me disestes q vola mãdase a moura/ eu loguo a mãdei em
[30]
cudamdo que estiveses ahi allgũs par de dias e vos tivestes
[31]
tamanha presa q loguo vos fostes e não quisestes espe
[32]
Rar pola carta/ vosa irmã branqua sousa quabrall
[33]
ha tem/ e lhe mãdei dizer q vola mãdase por pesoa

Representação em textoWordcloudRepresentação em facsímilePageflow viewVisualização das frases