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Maarten Janssen, 2014-

Linhas do facsímile

[1689]. Carta de Domingas da Rosa de Morais para o seu segundo marido, Pascoal Rodrigues, criado e pescador.

ResumoA autora dá a notícia de que está entregue das cartas e de que tem estado mal de saúde.
Autor(es) Domingas da Rosa de Morais
Destinatário(s) Pascoal Rodrigues            
De América, Brasil, Recife
Para América, Brasil, Rio Grande
Contexto

Este processo diz respeito a Maria da Rosa de Morais, de 30 anos, conhecida também como Domingas Camela. Estando casada com Paulo de Freitas, homem pardo, oleiro, casou com Pascoal Rodrigues, pelo que foi acusada de bigamia, sendo presa a 20 de outubro de 1691. Fora-lhe dada sentença em auto-da-fé privado, de 23/02/1692: abjuração de leve, cárcere a arbítrio, ser açoitada publicamente, degredo por cinco anos para o Brasil, não voltar à cidade de Olinda, penitências espirituais, pagamento de custas.

Quando foi presa, Domingas da Rosa de Morais fazia vida marital com o segundo marido havia dois anos e estava casada há oito com o primeiro marido, de quem teve uma filha, Cosma de Freitas, e de quem tinha fugido há muitos anos, por causa dos maus tratos que lhe dera (curando-se das feridas que lhe foram feitas pelo mesmo em Pernambuco). No seu depoimento, a ré confessou que só se casou a segunda vez porque o cónego João Barreto lhe havia dito que procuraria saber do paradeiro do seu primeiro marido e que, após dois meses de procura, lhe confirmara que ele estava morto.

Suporte meia folha de papel não dobrada, escrita no rosto e no verso.
Arquivo Arquivo Nacional da Torre do Tombo
Repository Tribunal do Santo Ofício
Fundo Inquisição de Lisboa
Cota arquivística Processo 1462
Fólios 24r-v
Online Facsimile http://digitarq.arquivos.pt/details?id=2301357
Socio-Historical Keywords Maria Teresa Oliveira
Transcrição Leonor Tavares
Revisão principal Catarina Carvalheiro
Contextualização Leonor Tavares
Modernização Catarina Carvalheiro
Data da transcrição2015

Page 24r > 24v

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ReseBy a de Vm estymey

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muyto saber Vm pasav
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mo mto, en como prezam
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as de toda a sorte senpre
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ao serviso de Vm.

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no tocante o px que Vm fe

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s merse do mes mandar eu
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esto entregue perque se na
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o fora muyto mal pasa
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ra Ds lho pague eu tanBe
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en ando mal enropada
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o saBe o Sor e senpre esc
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chresvo a Vm perto de os
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que pera la van e não
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falto senpre a eschre
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ver a Vm quando Vm me
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quera mandar no pascuar seja per joão salvador
[21]
ou fernamde matos que
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logo me an de dar parte
[23]
Ds gde a Vm como deza

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